Os usuários do iPhone se parecem com uma seita da tecnologia: todos os anos aguardam a Apple apresentar os lançamentos em setembro, que em breve estarão nas lojas físicas e virtuais a preços salgados. Em 2021 não é diferente. Enquanto a empresa superou neste ano o valor de mercado de US$ 2 trilhões (R$ 10,5 trilhões) — mais que o PIB de países como Brasil, Itália e Canadá, — os fãs dos produtos mostram grande vontade para gastar ainda mais na aquisição dos telefones. O iPhone 13, apresentado na terça-feira, 14, é o carro-chefe dos lançamentos, que também incluem um novo relógio inteligente, o Smartwatch série 7, e a nova geração do iPad OS.

A principal mudança que o iPhone 13 trouxe em relação ao antecessor 12 é utilitária: a versão Pro do celular tem taxa de atualização de 120 hertz, ante apenas 60 hertz da bateria do modelo anterior. Isto é importante. Muitos celulares mais baratos, inclusive da mega concorrente Samsung, já trazem bateria com 120 hertz. Uma taxa de atualização maior permite que o celular desempenhe mais rápido várias funções, como editar imagens, jogar e não travar ao assistir filmes. A Apple também trouxe às versões Pro e Pro Max a inédita capacidade de armazenamento de 1 Terabyte (um trilhão de bytes) de memória, quase dobrando a capacidade máxima atual do iPhone 12, que é de 512 Gigabytes. Segundo a Apple, a bateria do iPhone 13 mais simples aguenta até 19 horas de reprodução de vídeo sem precisar de recarga — duas horas a mais do que a versão 12.

“Em comparação ao iPhone 12, as novidades são importantes. Mas é preciso lembrar que o lançamento do 12 teve impacto maior, pois foi a primeira versão a suportar a tecnologia 5G”, diz Alberto Amparo, analista de mercado na Suno Research. Ele destaca que nos Estados Unidos, onde a tecnologia 5G entrou em uso no final do ano passado, as operadoras Verizon e AT&T deram descontos para os usuários migrarem para o iPhone 12. Não existe previsão de quando a tecnologia 5G chegará ao Brasil.

No Brasil, o iPhone 13 começará a ser vendido no dia 24 e os preços são mais altos que nos EUA, porque incluem impostos de importação e venda. O iPhone 13 Pro custará R$ 9.499,00, enquanto nos EUA o mesmo aparelho sairá por US$ 999 (R$ 5.244,75). Já o top de linha, o 13 Pro Max, terá preços a partir de R$ 10.499,00 no Brasil, enquanto nos EUA custará US$ 1.099 (R$ 5.769,75). A versão mais simples do iPhone 13 é anunciada pela Apple no seu site brasileiro por R$ 6.599,00. Nos EUA, custará US$ 699 (R$ 3.669,75).

Além do aumento na memória e maior capacidade das baterias, o iPhone 13 terá a capacidade de fazer vídeos no “modo cinemático”, como se fosse um filme. O chip é o A15, feito pelo TSMC de Taiwan. Há boas novidades no iPhone, embora uma parte delas já seja oferecida pelos concorrentes. Mas para quem gosta de iPhone isso não faz a mínima diferença.