A primeira série produzida na Noruega só podia ter como tema os vikings, símbolo máximo da cultura do país. Os Visitantes – Beforeigners, no entanto, traz uma combinação diferente: os guerreiros nórdicos não vivem em sua época, mas vêm do passado para conviver com os noruegueses nos dias de hoje. O problema é que surge um preconceito contra esses “viajantes do tempo” – afinal, eles têm uma conduta bem mais agressiva que aquela que é aceita pela comunidade local, provocando uma série de investigações policiais. Esse enredo ganha sotaque britânico na segunda temporada, que estreia agora na HBO Max. Um dos personagens que volta no tempo para cometer crimes é ninguém menos que Jack the Ripper, serial killer inglês, que matou cinco mulheres em 1888 e depois desapareceu. “É uma ideia brilhante porque transforma uma trama local em uma história mundial”, afirma o ator Nicolai Cleve Broch, que interpreta o policial Lars Haaland. A série é uma clara alusão ao problema dos refugiados no norte da Europa. A atriz finlandesa Krista Kosonen faz o papel de uma viking que veio do passado, mas que se adaptou ao presente e trabalha como policial. Para ela, a produção mostra como o ser humano age em relação a quem é diferente: “Deixamos para o público fazer essa comparação”, conclui.

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A mulher que veio do vulcão

O streaming abriu um novo mundo para os produtores de filmes e séries na Escandinávia. Influenciados por mestres como os suecos Ingmar Bergman e Lasse Hallstrom, jovens e premiados cineastas, dentre eles o dinamarquês Lars von Trier e o islandês Baltasar Kormákur, estão produzindo cada vez mais conteúdo de qualidade. É da Islândia, inclusive, uma nova série de destaque mundial: Katla (foto) narra a história de uma mulher misteriosa que surge da erupção de um vulcão. Disponível na Netflix, é uma das produções de destaque na nova geração da Escandinávia.