31/05/2019 - 9:30
Após alguns compromissos pela Europa — uma visita ao presidente da França, Emanuel Macron, passeata com estudantes na Bélgica e desfile no tapete vermelho em Cannes —, Raoni Metuktire, líder indígena kayapó, foi para o seu compromisso mais importante. Na segunda-feira 27 ele esteve com o papa Francisco, no Vaticano. Raoni é uma expressiva figura no combate à exploração desenfreada da Amazônia, região ameaçada pela expansão agropecuária e madeireira. Ele estava na companhia de outros três líderes indígenas. A Igreja Católica tem abraçado a pauta ambiental, principalmente com a adesão massiva de jovens em todo o mundo. O pontífice já expressou preocupação com a Amazônia em sua visita ao Chile e ao Peru, em 2018, e na encíclica “Laudato Si” (Louvado Seja), de 2015. O documento católico criticou o consumismo desenfreado e o desenvolvimento irresponsável, conclamando a população global a procurar meios de vida mais sustentáveis. De acordo com o Vaticano, o encontro serviu como preparação para a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica, que deve ocorrer em outubro, além de preparar católicos para uma mudança de mentalidade em relação aos indígenas e sua cultura, como parte desse redirecionamento às questões ambientais.
“Nunca os povos originários amazônicos estiveram tão ameaçados nos seus territórios como agora” Papa Francisco
A lenda que faltava

Além do papa e Raoni, outro encontro chamou a atenção dos brasileiros: o ex-presidente dos EUA Barack Obama recebeu a visita de Pelé. A reunião aconteceu no hotel Hilton onde Obama está hospedado em São Paulo. Ele veio ao Brasil para um evento sobre economia e negócios digitais, promovido pela empresa brasileira de tecnologia VTEX. O ex-presidente não mediu palavras sobre o Rei: “a última lenda viva que eu ainda não havia conhecido”. Pelé agradeceu e lhe presenteou com uma camiseta autografada da seleção brasileira, dizendo que o admira há muito tempo.
EUA
O adeus de Robert Mueller

O procurador especial encarregado de conduzir a investigação do Departamento de Justiça dos EUA contra o presidente Donald Trump, a respeito do suposto conluio com a Rússia para interferência nas eleições de 2016, renunciou ao cargo. Robert Mueller (foto) falou à imprensa pela primeira vez desde que começou a apurar os fatos. Ele não conseguiu incriminar o presidente americano, tampouco apontou sua inocência. O procurador é um primor de dubiedades. Após afirmar que “nunca foi uma opção” acusar Trump, emendou: “Se tivéssemos confiança de que o presidente não cometeu crimes, diríamos isso”. Trump comemorou pelo Twitter: “não há provas suficientes, portanto, em nosso país, a pessoa é inocente. Caso encerrado”. Um processo de impeachment ainda é possível, mas a derrota no Senado seria quase certa.
Cultura
Revista SeLecT recebe prêmio da ABCA

A revista seLecT, de artes visuais e cultura contemporânea, recebeu o prêmio Antônio Bento, da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), na categoria para a publicação que melhor difundiu as artes visuais na mídia ao longo do ano passado. Lançada em 2011, a revista trimestral busca estimular o conhecimento, o debate de ideias e, principalmente, contribuir para o desenvolvimento e a consolidação das artes no País.
Fortuna
Da traição à caridade

MacKenzie Bezos, ex-mulher do fundador da Amazon Jeff Bezos, anunciou que irá doar metade da sua fortuna — avaliada em aproximadamente US$ 36 bilhões — para instituições de caridade. O patrimônio foi adquirido no divórcio do casal, em que Bezos cedeu uma cota de 4% do valor da Amazon para MacKenzie, transformando-a na terceira mulher mais rica do mundo. “Em adição a qualquer ativo que a vida me nutriu, eu tenho uma quantia desproporcional de dinheiro para compartilhar”, disse a bilionária ao anunciar o destino de seu dinheiro, provando que é possível espalhar alegria e esperanca após um acontecimento tão lastimável e constrangedor como lhe foi a traição de seu marido.
ECONOMIA
PIB regride em 2019
O PIB brasileiro sofreu a primeira queda desde o 4º trimestre de 2016, regredindo 0,2% entre janeiro e março de 2019, de acordo com o IBGE. O resultado era esperado por economistas, refletindo a dificuldade da tramitação da Reforma da Previdência e o aumento do desemprego. O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que irá estudar a liberação de saques do FGTS para tentar alavancar o consumo após a aprovação das reformas. A medida também foi adotada durante
o governo de Michel Temer.
Desempenho da mineração e do agro
A indústria extrativa caiu 6,3% no 1º trimestre, puxada pelo rompimento da barragem de Brumadinho
A agropecuária, que já foi a “locomotiva da economia”, apresentou desaceleração de 0,5% no período