13/05/2022 - 9:30

Todas as vezes que se descobre algo do tipo tenta-se interpretar o fato. Há, dessa forma, detalhes especiais do esconderijo que chamam atenção: o vaso não estava profundamente enterrado. Isso é uma indicação de que nesse momento não havia guerra. Também foi colocado um pedaço de couro de animal para separar as pilhas de moedas. Respostas exatas ainda não há. Sabe-se, porém, que era comum guardar o dinheiro dessa forma, e que nesse local ficava uma província romana. Mais: o valor total das moedas equivaleria a um solidus, referência em ouro da época. Ou seja, um solidus valia cerca de dois meses de salário de um soldado. Hoje, o valor histórico é incalculável. A situação de integridade do vaso e do couro também é surpreendente. “Quando o pote foi enterrado, pode ter gerado um micro clima que deu estabilidade e permitiu a conservação”, afirma Sónia Cunha, arqueóloga da empresa HV Arqueologia, Conservação e Gestão. O que se espera é que a continuidade das escavações possa resolver outras dúvidas e questões.
