Jack (Matt Dillon) vê o assassinato como a maior das obras de arte. Imbuído de uma missão filosófica, ele comete uma série de homicídios brutais nos anos 1970, nos EUA. A trama de “A Casa que Jack Construiu”, de Lars von Trier, é um detalhe no festim macabro que tem espalhado escândalo. Chegou a vez de ele ser exibido no Brasil, na 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que apresenta outras experiências de choque para discutir após as sessões. São 333 filmes, além de premiações, instalações como “Chalkroom”, da artista Laurie Anderson (tema do cartaz), e projeções de filmes históricos, caso de “Pixote”, “Asas do Desejo” e “A Caixa de Pandora”, de Georg Wilhelm Pabst. “Há gente que teme o impacto de filmes como o de Pabst, porque faz um retrato negativo da mulher”, diz Renata Almeida (foto), diretora da Mostra. “É melhor polêmica que censura.” Há 29 anos no evento, ela se diz feliz com a renovação do público. São esperados 200 mil espectadores. Desses, 30 % são jovens. Em 30 espaços de SP, de 12 a 31/10. Informações em mostra.org.br.

4 destaques nas telas

ALMAS MORTAS (2018), de Si LIng Hun, documentário sobre a Revolução Cultural da China (1966-1976)

A FAVORITA (2018), do grego e Yorgos Lanthimos, drama de época vencedor do Festival de Veneza

ASSUNTO EM FAMÍLIA (2018), drama vencedor de Cannes do japonês Hrokazu Kore-eda, homenageado com o Pêmio Humanidade,

A CAIXA DE PANDORA (1929), exibição em telão com acompanhamento de orquestra no Parque do Ibirapuera