19/08/2022 - 9:30
Com o fim de Game of Thrones, em 2019, os milhões de admiradores do universo mágico criado pelo escritor norte-americano George R.R. Martin ficaram órfãos. Pois esse período de trevas chegou ao fim: A Casa do Dragão, que acaba de estrear no streaming da HBO, retoma a mitologia da produção por meio de seu clã mais popular – os Targaryen. Eles não eram os favoritos do público somente graças ao carisma e beleza de sua líder, a loira platinada Daenerys – papel da britânica Emilia Clarke –, mas pelos assustadores dragões de estimação da família, cujos efeitos especiais eram atrações à parte. A nova série se passa 172 anos antes da produção anterior e também traz uma mulher como protagonista. Na primeira parte, Rhaenyra é uma adolescente que torce para o pai não ter um filho homem, o que reduziria suas chances de chegar ao trono. Nos capítulos finais, mais velha, ela se tornará a líder dos Sete Reinos, gerando uma tensão com os parentes que desejam tomar o seu lugar a qualquer custo. Apesar da trama bem amarrada e das locações belíssimas, o que as pessoas querem ver na tela é mesmo o mundo violento e sensual habitado por dragões e guerreiros, dispostos a tudo para conquistar o poder. Em resumo, os fãs querem mais um pouco dessa fantástica fuga da realidade.
Inspiração veio da Inglaterra

George R. R. Martin (foto) começou a carreira escrevendo ficção científica, mas logo trocou o estilo pelas histórias de fantasia batizadas de As Crônicas de Gelo e Fogo. A trama é claramente inspirada na famosa “Guerra das Rosas”, série de batalhas entre clãs pelo reino da Inglaterra no século 15. Até os nomes das famílias são semelhantes: os York, por exemplo, viraram “Stark” na ficção; já os Lancaster foram batizados de “Lennister”. Desde o início da saga, o autor publicou dez obras e prepara as duas últimas, Ventos do Inverno e O Sonho da Primavera.