Como soaria uma banda de jazz da Noruega com a participação de músicos brasileiros? Paal Nilssen-Love, um dos maiores bateristas de jazz da atualidade, quer descobrir. Ele está no Brasil para uma turnê do projeto NOR-BRA Love, que tem shows marcados em Campos do Jordão, no Festival de Verão (5/2), em São Paulo, (8/2), e nas cidades de Jundiaí (9/2) e Rio de Janeiro (de 10 a 12/2). O repertório do grupo surgiu em uma residência artística no Instituto Vermelhos, em Ilhabela, litoral paulista. Considerado um dos músicos mais inovadores e versáteis pela publicação Down Beat, Love começou a carreira em “casa”. Seu pai, também baterista, era proprietário de um tradicional clube de jazz em Stavanger, cidade histórica fundada no século 12. Love, porém, não segue a tradição. Seu estilo livre e intenso soa mais ao jazz de vanguarda, repleto de improvisos e sons experimentais. É inspirado por álbuns como Bitches Brew, de Miles Davis, e New Thing at Newport, de John Coltrane e Archie Shepp, entre outros clássicos do free jazz. Love segue essa tendência em seu próprio festival, All Ears, evento sediado desde 2002 em Oslo, a capital norueguesa. Nas apresentações pelo Brasil, o baterista estará acompanhado por um time de peso: Rolf-Erik Nystrom, saxofonista e membro da Filarmônica de Oslo, e Kalle Moberg, acordeonista e ex-cantor do Palácio Real Norueguês. Completam o time os brasileiros Pablo Carvalho (percussão), Vanessa Ferreira (contrabaixo) e Negro Leo (voz e violão). Segundo o guitarrista Pat Metheny, Love é “um dos melhores novos músicos que surgiram nos últimos anos”. Os brasileiros vão concordar.

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