31/01/2020 - 9:30
A comédia “Jojo Rabbit” tem colecionado tanto prêmios e aplausos como manifestações de repulsa. O filme do diretor e ator neozelandês Taika Waititi, venceu em outubro de 2019 o Festival de Toronto e recebeu indicação para o Oscar de Melhor Filme. Os entusiastas enxergam na produção uma sátira fulminante ao nazismo e à figura de seu líder. Parte da crítica condena o roteiro por exaltação a Hitler e ao holocausto, mas estão exagerando. O filme, de fato, faz uma caricatura de Hitler capaz de repugnar os neonazistas da atualidade e provocar boas gargalhadas no público normal. Pode até servir como alerta à manipulação ideológica de crianças. A história transcorre em Berlim no fim de 1945. O menino Jojo (Roman Griffin Davis, em grande atuação) entra para a Juventude Hitlerista, recebe treinamento do capitão Klenzendorf (Sam Rockwell), e se torna “superfanático”, como define sua mãe, Rosie (Scarlett Johansson). Jojo tem um amigo imaginário, um Adolf Hitler (Waititi), lunático e divertido. Mas a vida de Jojo muda quando descobre que a mãe oculta em casa uma menina judia. Estreia em 6/2.
3 caricaturas Do Führer

Primavera para Hitler (1968)
Mel Brooks causou furor ao contar a história de dois produtores que querem dar um golpe montando uma comédia que exalta Hitler, e a peça faz sucesso na Broadway
Bastardos Inglórios (2009)
Na sátira de Quentin Tarantino, um batalhão
de soldados judeus americanos planeja assassinar Hitler em uma estreia de cinema
Ele está de volta (2015) Comédia alemã que conta como Hitler ressuscita no bunker em que se suicidou, virando celebridade instantânea