Pelo menos dez deputados querem sentar na cadeira de Rodrigo Maia a partir de fevereiro do ano que vem. As chances maiores hoje são de três parlamentares que já colocaram o bloco na rua: Arthur Lira (PP-AL), Baleia Rossi (MDB-SP) e Marcos Pereira (Republicanos-SP). Lira, encrencado com a Justiça, tem apoio de Bolsonaro por ser o líder do Centrão. Baleia, com apoio de Maia, teria votos do DEM, MDB e PSDB. Já Marcos Pereira contaria com
os votos da bancada evangélica, calculada em 104 votos. Os 130 votos da bancada das esquerdas (PT, PDT, PSB, PSOL e PCdoB), podem ser o fiel da balança. É evidente que as esquerdas não ficarão com o candidato de Bolsonaro. Talvez fiquem com Baleia ou, quem sabe, lancem um outro candidato, tudo para derrotar de Bolsonaro.

Fila

Há mais gente na fila. São, pelo menos, outros sete nomes: Aguinaldo Ribeiro, Marcelo Ramos, Capitão Augusto, Fabio Ramalho, Alessandro Molon, Marcelo Freixo e Tereza Cristina. A ministra da Agricultura teria que deixar o cargo e retornar à Câmara para ser a candidata dos sonhos de Bolsonaro, mas ela não quer. Esses sete são azarões.

Cadeira

Por que a cadeira de Maia é tão disputada? Simples: compete ao presidente da Câmara decidir quais matérias são colocadas em pauta. Se o presidente do Legislativo não quiser, a Reforma Tributária não anda. Mas cabe a ele, também, decidir se abre ou não processo de impeachment contra o presidente. Maia não quer. O novo presidente vai querer?

Força jovem

Sergio Frances

A disputa pela cadeira do atual prefeito do Recife, Geraldo Júlio, vai reunir uma turma jovem nos palanques eletrônicos. Serão candidatos a prefeito por lá os deputados Marília Arraes, Túlio Gadellha e João Campos. Arraes e Campos são primos e disputam o espólio do avô, Miguel Arraes. Já Gadelha desponta por ser namorado da apresentadora Fátima Bernardes. Jovens lideranças renovando a política pernambucana.

Rápidas

* O blogueiro Allan dos Santos fugiu para os Estados Unidos na tentativa de escapar dos processos que responde por fake news e atos antidemocráticos, sobretudo por ataques ao ministro Alexandre de Moraes (STF). Em tempo: o Brasil tem tratado de extradição com os EUA.

* Alexandre de Moraes determinou que o Facebook e o Twitter bloqueiem as contas bolsonaristas que espalham notícias falsas, como é o caso de Allan, inclusive a nível internacional. Ficaremos livres de suas asneiras.

* A esquerda vai disputar a prefeitura de São Paulo com quatro candidaturas: Jilmar Tatto, Márcio França, Guilherme Boulos e Orlando Silva. Melhor para Bruno Covas, que vai flanar sozinho na centro-direita, com apoio de Doria.

* O mesmo fenômeno acontecerá no Rio de Janeiro. A esquerda vai disputar a prefeitura com quatro candidatos: Benedita da Silva, Marta Rocha, Renata Souza e Enfermeira Rejane. Melhor para Paulo Marinho e Eduardo Paes.

Retrato falado

“O governo se rendeu ao vírus, se entregou, e deixou o Brasil a reboque da doença” (Crédito:Suamy Beydoun)

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta disse, em live na ISTOÉ, na terça-feira, 28, que o presidente Bolsonaro teve um comportamento “errático” diante da crise na saúde. Para ele, um dos seus erros foi colocar militares na Saúde. Eles estão no ministério só esquentando o banco, até que o presidente negocie a pasta politicamente. “Bolsonaro é irmão siamês de Lula. Na iminência de sofrer o impeachment, ele entrega ministérios em troca de apoio parlamentar.”

Toma lá dá cá

Simone Tebet, Senadora (Crédito:Jefferson Rudy)

A senhora acredita que uma nova CPMF será aprovada no Congresso?
Não adianta passar um batom na CPMF para acharmos a moça bonita. O Congresso está antenado: o brasileiro paga muito imposto e de forma injusta. O governo arrecada muito e gasta mal.

De que forma o governo poderia arrecadar mais sem penalizar a população?
O valor da sonegação de impostos, de R$ 500 bilhões por ano, é o dobro do que a corrupção desvia dos cofres públicos.

O governo precisa apresentar um projeto para garantir uma renda mínima?
A crise sanitária está nos levando à convulsão social. Temos que discutir a implantação de uma renda básica sem populismo e sem demonizar o Bolsa Família. Ele não é o vilão que as pessoas falavam.

Nova gasolina

Desde segunda-feira, 3, os distribuidores de combustíveis são obrigados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) a abastecer os postos com um novo tipo de gasolina comum, de maior qualidade e rendimento para os automóveis, melhorando os valores mínimos de octanagem para os motores. As especificações da nova gasolina foram estabelecidas pela ANP no começo do ano, mas a Refit, a primeira refinaria privada do Rio de Janeiro, já produz esse novo tipo de combustível, mais eficiente, desde janeiro. Segundo o presidente da companhia, Jorge Monteiro, a Refit trabalha no projeto há dois anos: “Em dez anos, a empresa já investiu R$ 92 milhões para otimizar a produção”.

Sem aumento

Apesar de distribuir uma melhor gasolina nos postos de bandeira branca no Rio e em São Paulo, a companhia resolveu não aumentar os preços. Atualmente, a empresa já produz gasolina A e Diesel S-10, distribuídos pela Fit Combustíveis. No ano passado, a Refit produziu 628 milhões de litros da gasolina A.

À sombra do poder

Divulgação

Até a década de 90, Luciano Hang, dono das Lojas Havan, tinha uma lojinha em Brusque. Mas, aí, descobriu o caminho das pedras: crescer à sombra do poder. Passando pelos governos FHC, Lula e Dilma, obteve 55 empréstimos no BNDES. Chegou à marca de 147 lojas. Já foi acusado de contrabando e de sonegar impostos. Agora, soma R$ 19 bilhões.

Bolsonarista

Quem pensa que Bolsonaro não ajudou o catarinense, está enganado. O “Veio da Havan” chegou à marca de R$ 7 bilhões em 2019, quando Bolsonaro ascendeu ao poder. Enriqueceu às custas do bolsonarismo, do qual é um dos expoentes. Segundo o deputado Alexandre Frota, foi por causa de Hang que Bolsonaro desistiu de abrir a “caixa preta” do BNDES.

Peso-pesados

Pedro Ladeira

A deputada Joice Hasselmann está montando a equipe para disputar a prefeitura de São Paulo. A coordenação geral será do deputado Junior Bozzella, e Marcos Cintra coordenará a equipe econômica. Para comandar os programas sociais virá um ex-assessor de Ruth Cardoso e, para a Segurança, um ex-ministro.