05/08/2022 - 9:30
Morreu no sábado 30, em Cabul, no Afeganistão, o egípcio Ayman Al-Zawahiri, líder da Al-Qaeda. A morte se deu em decorrência de uma ação militar dos EUA. Zawahiri ascendeu ao posto de número um da organização terrorista após a morte de Osama Bin Laden (2011), principal articulador dos atentados de 11 de setembro em 2001. A CIA planejou minuciosamente a investida por anos, pois o extremista se refugiou em diversos países na tentativa de enganar a inteligência norte-americana. Ele é acusado de participação na destruição das torres gêmeas, além de outras agressões a embaixadas do país, na África.
A liderança Talibã criticou o ato dizendo que, apesar de o Pentágono afirmar que o míssil que matou Al-Zawahiri é de baixo impacto, ou seja, foi desenvolvido para preservar os civis ao redor do alvo, de fato, o projétil atingiu um bairro chamado Sherpur, uma área residencial. Os Estados Unidos deixaram o Afeganistão há quase um ano depois de duas décadas de invasão. Demonstrando alívio pelo dever cumprido, Joe Biden assegurou em pronunciamento que a caça aos terroristas vai continuar. “Não importa quanto tempo vai levar e o local, os EUA irá te encontrar e matar”, disse.
COMPORTAMENTO
Ausência de toilette para trans pode cancelar Assembleia da OEA
Devido ao posicionamento anacrônico de parlamentares peruanos corre risco de não acontecer em outubro, em Lima, a Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA). Oposicionistas conservadores do presidente do país – Pedro Castillo, que é de esquerda – votaram contra a instalação de toilette neutra no local do evento. Na semana passada, em outra rodada de negociações não se chegou a nenhuma conclusão. O teor do acordo entre o governo peruano e a OEA explicita que “deve ser garantido o acesso adequado às instalações sanitárias, fornecendo, além dos banheiros comuns, banheiros individuais e pelo menos um banheiro neutro”. A oposição diz que a OEA tenta “contrabandear banheiros trans” e que tal assunto “ainda não foi objeto de legislação no Peru e nem está em pauta”.
STF
A correta decisão do ministro Barroso
É justa e acertadíssima a decisão de Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), de negar o recurso da defesa dos policiais militares envolvidos no caso que ficou conhecido como o massacre do Carandiru, em 1992. A morte de cento e onze presos nas dependências da já extinta Casa de Detenção de São Paulo, promovida pela Polícia Militar durante uma rebelião, foi considerada crime contra os direitos humanos por tribunais internacionais. E, pela imprensa internacional, o episódio foi tratado como assassinato. Os PMs foram considerados culpados e condenados pelo Tribunal do Júri a penas que variam entre quarenta e oito e seiscentos e vinte anos de prisão. O processo passou por diversas instâncias da Justiça até que os advogados apresentassem a apelação à Corte. Enquanto Barroso eleva o Poder Judiciário, a Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados mancha a reputação do Brasil ao aprovar um projeto que anistia os PMs implicados nas mortes.
SAÚDE
Nova versão da vacina tríplice viral vai proteger contra a Covid
Pesquisadores da Universidade de Ohio, nos EUA, estão trabalhando na produção de uma nova vacina tríplice viral. O imunizante, utilizado desde a década de 1970, é proteção garantida contra os vírus do sarampo, caxumba e rubéola. E, agora, o esforço é para incluir cobertura contra a Sars-Cov-2. Assim é o ousado projeto: os cientistas juntaram partes da defesa à caxumba com a proteína Spike do vírus da Covid. Deu certo. Ocorreu que, dentro do laboratório, fragmentos do sistema imunológico conseguiram desenvolver anticorpos que bloqueiam as duas doenças. Quando o produto é aplicado na mucosa nasal à imunidade aumenta.
