02/12/2022 - 9:30
O Instituto Combustível Legal (ICL), criado pelas maiores distribuidoras do País para massacrar a concorrência – nem sempre de modos ortodoxos, consta entre portas –, está passando dos limites das boas práticas na praça. A derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) fez com que os militares empregados do ICL temessem perder o emprego. Segundo fonte da Coluna, tanto o CEO do instituto, general da reserva Guilherme Teophilo (conhecido como general do Sergio Moro), quanto seu comandado coronel Luiz Cerqueira (especialista em dados), teriam sido contratados em face da boa relação que mantinham com os militares que agora vão perder espaço no Governo. Para salvar os empregos, a dupla teria adotado nova estratégia: prometeu aos dirigentes da entidade que uma autarquia federal, comandada por militares, faria movimento para prejudicar um dos principais inimigos do ICL. Ou seja, usar a máquina pública para perseguir empresa desafeta do grupo em que trabalham. Ninguém no instituto acreditou no plano.
Empregados de instituto do setor de combustível, desesperados em manter empregos, tentam interlocução com autarquia para prejudicar concorrente
Covid ataca no CCBB

A maioria dos integrantes do grupo de transição do Governo passou a utilizar máscara de proteção há uma semana. Voluntário do GT confidenciou à Coluna que foram confirmados pelo menos seis casos de Covid-19 nas equipes no CCBB até essa semana.
O novo Governo indicou mais de 300 nomes para o gabinete, mas boa parte trabalha em formato remoto.
Brasileiro mais refém do celular
O isolamento causado pela pandemia de Covid-19 aproximou os brasileiros de seus aparelhos eletrônicos, em especial do celular. Segundo levantamento da plataforma Hibou, o tema “saúde” (49%) é destaque nas consultas pelos aparelhos, seguido por “gastronomia” (44%), “alimentos e bebidas” (38%), “beleza” (38%), “moda” (36%) e “cinema” (36%). A pesquisa indica que cerca de 54% dos brasileiros fazem uso constante de seus smartphones durante todo o dia. Os temas menos pesquisados são “habitação” (10%); “política e religião” (7%); “transporte e mobilidade” (6%); “carros” e “games” (7%, cada). Foram ouvidas 2 mil pessoas maiores de 18 anos.
O mistério dos barcos da Baía no Rio

Um mistério boia na Baía da Guanabara. Até agora a Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro não explicou por que, em 2012, requereu à Marinha do Brasil a tutela de cascos e embarcações abandonados nas águas, em especial no porto e próximos à Ponte Rio-Niterói. A despeito de ser um ofício de 10 anos, em gestão anterior, manteve a determinação. A Marinha se apressou em explicar que tentou retirar os cascos à época, mas houve a interferência do Governo. Hoje, são 61 embarcações abandonadas. O pior não é o risco de colisões. Há suspeita de que são usados como depósitos de drogas e armas.
Irritado com PEC, Wagner dá dicas
O senador Jaques Wagner (PT-BA) está irritado com a forma como foram conduzidas as articulações da “PEC da Transição”. Recomendou a Lula da Silva que defina um único interlocutor. Do jeito como está, os líderes não sabem a quem procurar. A condução inicial coube à presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann — que, consta nos bastidores, está mais preocupada em acomodar futuros apadrinhados no Governo petista. Wagner, no entanto, não quer holofotes nem cargo de destaque na nova administração. No máximo, poderá aceitar uma vaga de assessor especial do presidente, dentro do Palácio.
Comporta aberta para boa relação
O diretor-geral da Usina de Itaipu, almirante Anatalício Risden, foi quem assinou a exoneração de Janja da Silva há quatro anos. Fez chegar sinais de paz à futura primeira-dama e ao advogado de Lula no TSE, Luiz Fernando Pereira — que manteve contrato com a binacional na gestão Bolsonaro.
Posse disputada na AL
O staff de Lula da Silva sonha com a presença de todos os presidentes da América do Sul em sua posse, e tem recebido confirmações. A missão é da futura primeira-dama Janja da Silva. Mas o ineditismo do protagonismo causa ciúme no Itamaraty e desencontros com o cerimonial do atual Governo. Da Europa pode vir o francês Emmanuel Macron.
Bonita e sem foguete
O Ministério de Ciência e Tecnologia patina no conhecimento básico para construir um novo foguete na Base de Alcântara (MA), mas não titubeia em tirar dos cofres um bom dinheiro para pagar uma pequena reforma e manutenção do sítio Cyclone-IV. Vai desembolsar R$ 6,1 milhões para a M.A. Planejamento e Consultoria para o serviço.
Nos bastidores
Protegidos de Janja
Janja influenciou na escolha de funcionários e ex-colaboradores da Usina de Itaipu, onde trabalhou apadrinhada por Lula, para integrarem comissão remunerada da transição.
Regulação da internet
O GT das Comunicações vai priorizar um projeto de regulação da internet. Polêmico, é defendido com entusiasmo pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). Ele cita a influência das fake news nas eleições.
Mercadante & gororoba
Coordenador da transição, o ex-ministro Aloizio Mercadante está com saudade dos cardápios de palácios. Há dias, não gostou da marmita vendida no CCBB: “Estão comendo essa gororoba?”, indagou a jornalistas. O buffet ali custa R$ 90, o quilo.
Um grande desafio
Considerado no metiê de Lula da Silva o escolhido para a vaga de Ricardo Lewandowski no STF, o advogado Cristiano Zanin
não tem votos no Senado de 2023 para aprovação na sabatina, calculou um petista.