TESTAGEM O governo foi forçado a decretar lockdown e a reforçar a vacinação: vírus no coração financeiro do país (Crédito:CHEN JIANLI)

Com novas variantes da Covid circulando no país e contabilizando a cada dia números mais altos de contaminação pela mutação denominada Ômicron, o governo chinês acendeu na semana passada o sinal vermelho em diversas cidades e províncias. Desde o início da pandemia, em 2020, os chineses não enfrentavam focos de ataque da doença como estão sendo forçados a fazê-lo nos últimos dias. Uma das regiões mais afetadas a causar grande preocupação, sobretudo porque sua população chega a vinte e seis milhões de habitantes e se trata de um dos maiores centros econômicos do país, é Xangai, onde vinte e nove mil casos ocorreram em vinte e quatro horas. No início, para evitar a decretação de lockdown, as autoridades políticas e sanitárias de Pequim determinaram a mais drástica (e cruel) das medidas, jamais vista em qualquer outra nação: separar compulsoriamente pais e filhos, ainda que a criança seja bebê, se uma das partes tiver testado positivo para Covid. A população chinesa protestou, o governo recuou, mas, na semana passada, voltou a colocar esse método em pauta, uma vez que a paralisação das atividades não está contendo a evolução da enfermidade. O recurso que segue sendo utilizado, no entanto, é o lockdown — segundo estimativas de analistas políticos e econômicos internacionais, derrubará o PIB de Xangai em não menos de 6%. O Itamaraty confirmou que pelo menos quatro brasileiros estão doentes: um foi isolado em sua residência, os outros três viram-se encaminhados para os abrigos de quarentena. Drones sobrevoam Xangai como forma de policiamento das regras restritivas e, o mais surpreendente, são os robôs no formato de cachorro que circulam pela cidade repetindo a determinação do governo de que casais têm de dormir em camas separadas — quem vai fiscalizar ninguém sabe.

Protesto norte-americano

O Departamento de Estado dos EUA pediu que funcionários não essenciais de seu consulado em Xangai saiam da cidade, e criticou o governo chinês na adoção de métodos que mais punem o doente que previnem a contaminação. A chancelaria chinesa respondeu que autoridades têm prestado toda assistência a funcionários públicos de outros países.

Divulgação

Vigilância canina Cachorro-robô é uma das armas em Xangai contra a Covid. Ele anda pela cidade repetindo as regras do lockdown.

VIOLÊNCIA
Manhã de pavor em Nova York

John Minchillo
CENA DO CRIME O Metrô interditado e paramédicos socorrendo feridos: dez pessoas hospitalizadas (Crédito:John Minchillo)

A manhã da terça-feira 12 tinha tudo para ser um dia comum de trabalho na cidade de Nova York, nos EUA. A movimentação de pessoas no Metrô ocorria normalmente até o momento em que muitos disparos de arma de fogo foram feitos. Os tiros atingiram pelo menos dez passageiros que estão hospitalizados em estado crítico, outros treze ficaram feridos por estilhaços decorrentes dos tiros. O ato rompeu a tranquilidade e disseminou o sentimento de pânico em quem estava na estação da Rua 36, em Sunset Park, no Brooklyn. Ao perceber que o risco era iminente, as pessoas tentaram se proteger da forma que era possível. Houve quem se jogasse ao chão e muita confusão, pois naquela hora não se sabia se as balas partiam de dentro ou de fora do vagão. Por isso, o número exato de atingidos ainda era desconhecido até a tarde da quarta-feira 13. A polícia foi chamada às oito horas e vinte e sete minutos, mas não conseguiu encontrar o atirador. As investigações que se seguiram durante a semana, apontam um suspeito: Frank James, 62 anos de idade. No início da apuração criou-se a hipótese de ser um ato terrorista, mas a possibilidade foi descartada. James teria agido sozinho, mas o contexto da história aponta que houve planejamento. O atirador tem dois endereços, um na cidade da Filadélfia e outro no estado de Wisconsin. Antes de puxar o gatilho lançou uma bomba de fumaça, contra a qual colocara uma máscara. As roupas que vestia eram de operário, até um colete de cor laranja fez parte do vestuário. Tanto o presidente Joe Biden quanto o prefeito Eric Adams deram declarações indicando que a caçada a Frank James será implacável. Já foram oferecidos U$ 50 mil de recompensa a pessoas que fornecerem informações sobre o seu paradeiro.

PREVENÇÃO TARDIA A polícia nova-iorquina à procura de bombas na estação: serviço para cães farejadores (Crédito:Divulgação)