Os sistemas de reconhecimento facial e de identificação da localização geográfica ganharam espaço na guerra contra fraudes. Em relação à biometria, a rede financeira migra cada vez mais para essa forma de autenticação no lugar de senhas. Com a generalização do uso dos celulares, que passará a ser definitivamente a ferramenta básica para serviços bancários e funções, como o porte de documentos digitais – a exemplo da Carteira Nacional de Habilitação -, essa prática se vê em alta. Ela permite permite a constatação de riscos e evita que fraudadores utilizem a engenharia social – criminosos virtuais que exploram o erro humano – para enganar usuários.

De acordo com pesquisa da Netbr, 82% das 27 das maiores instituições financeiras já utilizam ou desenvolvem formas de utilizar os recursos. Especialistas concordam que a biometria facial é um avanço após a leitura da íris e verificação por digital. “O dia a dia fica prático, e é mais seguro do que digitar uma senha”, analisa Arthur Igreja, especialista em tecnologia com mestrado em Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas. “O seu uso está ampliado e uma série de melhorias são aplicadas”, destaca Fernando Guimarães, CEO da Stone Age, empresa de desenvolvimento de soluções de tecnologia.

SEGURANÇA Arthur Igreja, especialista em tecnologia: praticidade no dia a dia de usuários de bancos (Crédito:Fernando Tiegs )
Aperfeiçoamentos são constantes, uma vez que a engenharia social também evolui. “É importante que as instituições implementem um conjunto híbrido de validação, com diversas camadas de autenticação, incluindo a biometria”, acrescenta ele.

Segundo a Federação Brasileira de Bancos, além de campanhas educativas, a rede investe cerca de R$ 3 bilhões por ano em sistemas de tecnologia da informação voltados para a segurança. Nesse ponto, a geolocalização é outra arma para identificar padrões anômalos. “Com ela sabemos se a pessoa está dentro de um fluxo normal”, explica Igreja. “Se um cliente fez um gasto em um país estranho, o sistema alerta que há algo fora da curva”. A respeito da biometria, o advogado Yuri Arraes Fonseca de Sá, especializado em prevenção e repressão à fraudes, defende a ciência que segue a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais. “A biometria facial dá maior segurança ao consumidor, uma vez que segue diversas etapas que dificultam a vida de um possível fraudador”, explica ele.