Há uma nova liderança no reino de Wakanda: com a morte do rei T’Challa, agora são as mulheres que mandam — sempre sob a mão de ferro da rainha Ramonda (Angela Bassett). Pantera Negra: Wakanda Forever é mais uma superprodução voltada aos super-heróis da Marvel, mas dessa vez o viés feminista é ainda maior, pois as guerreiras são protagonistas e os homens, coadjuvantes. A exceção é Namor, personagem resgatado pela primeira vez dos quadrinhos e monarca de um universo subaquático que remete a Atlantis. Ele alerta os povos da região sobre uma ameaça global. Essa sequência é uma homenagem ao ator Chadwick Boseman, protagonista do primeiro filme da franquia que morreu em 2020. Sua figura está presente ao longo de toda a primeira parte da produção, onde um cortejo leva o corpo ao encontro de ancestrais. Sem o rei, Wakanda fica vulnerável aos perigos externos: os inimigos estão de olho no Vibranium, metal valioso que é abundante no planeta. Assim como no primeiro filme, a trama desfila metáforas que remetem ao colonialismo sofrido pela África nos séculos 18 e 19. Destaque para os efeitos especiais e as cenas de ação, além de um elenco que prima pela diversidade, com Lupita Nyong’o (12 Anos de Escravidão), Michaela Coel (I May Destroy You) e Martin Freeman (O Hobbit).

“Foi difícil atuar sem Chadwick”

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Em entrevista à ISTOÉ, a atriz Lupita Nyong’o (foto) falou sobre a ausência do ator Chadwick Boseman, cuja morte em 2020 causou comoção em Hollywood. “Filmar sem ele foi difícil, mas real. Encarar esse desafio é um processo terapêutico para o nosso elenco”, disse Lupita. Para a atriz, a produção traz uma mensagem de tolerância: “as pessoas podem ser diferentes, mas isso não significa que são suas a. A união dos povos é um tema que esse filme questiona e explora”.