Líder do Smashing Pumpkins, o vocalista e guitarrista Billy Corgan tem fixação pelo número 33. Após o sucesso da canção Thirty-Three, do álbum Mellon Collie and the Infinite Sadness, de 1995, ele lançou um podcast com o mesmo nome e gravou trinta e três canções em seu novo álbum, a ópera-rock ATUM. Em entrevista exclusiva à ISTOÉ, explicou que a obsessão não passa de uma piada. “Depois que a música virou hit, todo mundo passou a me perguntar o que o número significava. O disco de vinil gira em 33 rotações por minuto, Jesus morreu aos 33 anos. Você pode encontrar significado em qualquer número.”

Apesar do bom humor, o músico fica sério quando fala do problema que enfrentou recentemente. Um hacker teve acesso ao material novo e ameaçou vazá-lo antes da data anunciada: “Não foi só um garoto isolado, foi uma operação criminosa. Até o FBI entrou em cena”.

A banda de Corgan vendeu milhões de álbuns nos anos 1990, o que o levou a ser associado ao universo grunge e grupos como Nirvana e Pearl Jam. “Gostávamos de alguns deles, mas nunca fomos parte do movimento.”

Em ATUM, Corgan volta à boa forma em sons como Spellbinding e a balada Pacer. Apesar da concorrida turnê “The World is a Vampire”, ele encontra tempo para se dedicar a outra paixão: a luta livre. O músico comprou a liga mais antiga dos EUA, a National Wrestling Alliance. “Era fã quando criança, então resolvi levar a sério.”

Disco vai virar HQ e animação

Para lançar a última parte da trilogia ATUM, sua nova ópera-rock, Billy Corgan voltou a tocar com o baterista Jimmy Chamberlin e o guitarrista James Iha, ambos da formação original do grupo. O tecladista Jeff Schroeder completa o time. Questionado por ISTOÉ se o novo disco seguiria o exemplo de Tommy, do The Who, e The Wall, do Pink Floyd, que ganharam versões audiovisuais, Billy Corgan avisou: “Uma graphic novel e uma série de animação estão nos nossos planos”.

Para Ler
O Contrato Racial, do britânico Charles W. Mills, é um dos mais importantes estudos sobre a relação entre racismo e o sistema político vigente na sociedade atual. Essa obra clássica, lançada originalmente em 1997, ganha sua primeira versão no Brasil.

Para Ver

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A plataforma MUBI exibe especial em homenagem a Hector Babenco, um dos maiores cineastas da América Latina. Entre os destaques estão O Rei da Noite (foto), Lúcio Flávio: Passageiro da Agonia e Pixote: A Lei do Mais Fraco.

Para ouvir

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Desde que alcançou a fama com seu primeiro álbum, De Primeira, Marina Sena não decepciona os fãs: sua nova música, Tudo Pra Amar Você é mais um sucesso do disco Vício Inerente, que acaba de ganhar um novo vídeo: a dançante Sonho Bom.

Evento
Ídolos da cultura pop asiática

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A cultura pop asiática conta com uma legião de adeptos fervorosos no mundo inteiro — e no Brasil não é diferente. Em 2023, o Anime Friends, uma das maiores festas desse setor, celebra 20 anos no País com uma programação especial. Entre as atrações internacionais estão atores como Hiroshi Watari e Makoto Sumikawa, ícones do estilo. Haverá ainda shows, palestras e concursos de fantasias, os famosos “cosplayers” (foto), grupos de fãs que se vestem como os ídolos da ficção. No Distrito Anhembi, em São Paulo, até 16/7.

Exposição
As colagens de Mira Schendel

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Nascida em Zurique, na Suíça, e radicada no Brasil, Mira Schendel (1919-1988) foi um dos principais nomes das artes plásticas contemporâneas no País. Nos anos 1950, participou da 3ª Bienal de São Paulo ao lado de Lygia Clark e Alfredo Volpi, e mais tarde foi integrante do grupo de intelectuais formado por Mário Schenberg e Haroldo de Campos. A exposição Toquinhos, em cartaz até 19/8 na galeria Galatea, em São Paulo, reúne 60 colagens compostas por recortes geométricos sobre papel japonês, produzidas entre 1972 e 1974.

Humor
Peça resgata heroínas brasileiras

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Após vencer o PRIO 2023, prêmio dedicado aos profissionais de humor do Rio de Janeiro, Graziella Moretto apresenta em São Paulo o monólogo A Reclamação da República. O espetáculo satiriza a ausência de personalidades femininas nos livros didáticos, apesar da forte presença em fontes e registros. “Movida pelo desejo de partilhar uma visão do Brasil com minhas filhas, me interessei pela trajetória da Independência à Proclamação da República, sob o ponto de vista ddas mulheres”, definiu a atriz.

Mostra
Festival reúne arte e tecnologia

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Inspirada pelo tema Singularidades Interativas, foi inaugurada em São Paulo a nova edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE). O evento, que combina arte e tecnologia, acontece no Centro Cultural Fiesp e fica em cartaz até 27/8. A programação inclui 183 obras e performances de mais de 300 artistas de 39 países, incluindo EUA, Irã, China e Alemanha. Entre os destaques está Unbonded on a Bonded Domain (foto), do brasileiro Gabriel Massan.