25/05/2005 - 10:00
A invenção de mil e uma ofertas de atividades pelas academias não tem impedido a evasão de alunos, sobretudo quando termina a temporada de calor e, por tabela, o estímulo para exibir o corpo sarado. Em razão disso, essas empresas estão criando meios para evitar a fuga dos clientes. Em vez de aumentar o número de programas de malhação, o que se quer é aprimorar a qualidade do que é oferecido. Em São Paulo, várias academias lançaram a campanha AdeSão, que espalhou pela cidade o slogan Eu me amo, faço academia. É uma reação a um estudo da International Health, Racquets and Sports Association, importante representante da indústria de fitness, que apontou que só 1,6% dos brasileiros vai às academias.
Por que tão poucos se exercitam nas academias? Falta de tempo e motivação, timidez e vergonha do corpo são os motivos que afastam, sem contar as dores que, no início, incomodam. A fim de reverter o desânimo inicial, a rede Bio Ritmo (SP) apelou para consultores internacionais. Os novatos agora fazem uma iniciação suave e recebem telefonemas – diplomáticos – para não desistirem. As modalidades são mescladas para garantir resultados e prazer. “A freqüência aumentou 27% ao implantarmos as novas técnicas”, diz Edgar Corona, superintendente da rede. Para o paulista Kleber Anuncio Neto, 24 anos, alternar atividades ao longo da semana é uma boa maneira de se manter firme na malhação. Ele também se sente estimulado a seguir em frente devido aos resultados. “São excelentes”, diz.
Outra técnica eficaz é o atendimento personalizado. Segundo Fernando Valle, professor da A!Cademia Sport Club, no Rio de Janeiro, 50% dos alunos não renovavam os planos trimestrais. Depois que implantou o método, a adesão passou para 70%. Tratar o aluno com carinho, de fato, funciona. Há um ano a atriz Heloisa Perissé permanece fiel à academia. Delicadezas como manter um funcionário junto às esteiras para aferir a pressão dos alunos foram um dos fatores que a seduziram. “Fazer ginástica assim não é um suplício”, garante.