O Estádio Olímpico de Berlim foi inaugurado pelo ditador Adolf Hitler, em 1936, para abrigar os Jogos que “provariam a superioridade da raça alemã”. Mas de sua tribuna ele viu o velocista negro americano Jesse Owens pulverizar a tese ao ganhar quatro medalhas de ouro contra seus atletas. A reforma para a Copa modernizou-o sem violentar as características que o levaram ao tombamento pelo patrimônio histórico do país. O novo estádio tem camarotes VIP, restaurantes e uma imensa loja de produtos esportivos. O subsolo abriga piscina aquecida, uma pista de corrida de 110 metros, área para salto à distância e um estacionamento. Quase todos os 74 mil assentos foram cobertos – antes, eram apenas 27 mil. O sistema de iluminação recebeu cinco mil lâmpadas que não causam reflexos nem ofuscam a visão. Hitler não dá nome a mais nada no complexo. Em compensação, um camarote vip, uma das avenidas que conduzem ao estádio e um pavilhão interno foram batizados de Jesse Owens. Ironias da história.

Reforma geral: as obras de modernização do Estádio Olímpico de Berlim, onde o
Brasil jogará contra a Croácia na terça-feira 13, custaram 242 milhões de euros