19/06/2002 - 10:00
Afinal, foram investidos R$ 8 milhões no espetáculo que envolve 40 profissionais – entre atores, músicos, bailarinos e técnicos – e apresenta 35 mudanças de cenário, todos muito brega, é verdade, mas que se adaptam bem na trama baseada no desenho da Disney. A montagem brasileira, segundo o diretor Robert Jess Roth, que comandou o musical na sua estréia na Broadway, ganhou mais leveza em comparação às suas similares. Grande parte deste charme vem do elenco da história, cuja lição é mostrar como o amor pode mudar e superar todas as diferenças, principalmente as estéticas. Daniel Boaventura, por exemplo, deu ao convencido e chucro Gaston divertidos toques de desenho animado, incluindo um inacreditável topete que só mesmo os bonitões das produções da Disney podem ostentar. Nos papéis-títulos, Saulo Vasconcelos (Fera) e Kiara Sasso (Bela) se mostram corretos, embora sem grandes virtuosismos vocais. Mas, numa terra como o Brasil, que com empenho vem esboçando a criação de uma tradição em musicais, a iniciativa se mostra compensadora. (A.R.)
Vale a pena