09/08/2002 - 10:00
Pesquisa
Sobre o candidato presidenciável Ciro Gomes o brasileiro deve
ficar atento para o remake da novela Collor de Mello. Mudaram
os atores, os nomes e o cenário, mas o conteúdo é o mesmo. Na
versão atual, Patricia Pillar assume o papel de Claudia Raia e o de Rosane, pois os dois personagens foram condensados. O Estado
do Ceará substitui o de Alagoas, a honestidade e o trabalho do personagem principal ficam intocáveis, o nome mudou por questões de direitos autorais, preservando a inicial C. A novela ganhou pontos rápidos no ibope somente na pré-estréia. Será que vale a pena ver de novo? “Ciro atropela” (ISTOÉ 1714).
Arthur Prado Netto
Bordeaux – França
Não há termos de comparação entre Ciro Gomes e Fernando
Collor de Mello, excetuando a juventude e o fato de serem políticos nordestinos. Ciro é um político responsável, tem consistência argumentativa, sentido de negociador e de articulação com o Parlamento, apresenta uma linha programática complexa e coerente. E, além de tudo, é bem assessorado. Caso eleito, espero que possa fazer tudo aquilo que FHC não conseguiu fazer no campo da distribuição de renda e do desenvolvimento social do País.
Everton Jobim
Rio de Janeiro – RJ
Ciro Gomes está apresentando algumas divergências, uma dupla face, pois nacionalmente faz um discurso contra os tucanos e aqui, no Ceará, introduz Patrícia Gomes (PPS) no PSDB para elegê-la senadora. O Brasil precisa conhecer o acordo que ele mantém com o tucano Tasso Jereissati. Devemos analisar a “turma do Ciro” e observar essa equipe, que é marcada por muitos políticos de passado sujo.
Holanda Júnior
Fortaleza – CE
Crise
O presidente social democrata Fernando Henrique Cardoso, que nos oito anos do Plano Real sempre pregou que o crescimento viria com a estabilidade e o controle da inflação, não pode alegar que a atual crise econômica não era prevista. Afinal, foi o próprio governo que detonou a bomba-relógio da inflação ao aumentar, de uma forma constante e incoerente, o preço das tarifas públicas. Segundo dados oficiais, de 1994 até hoje o gás de cozinha subiu 472%, o telefone aumentou 381% e a energia 227%. Não bastasse, o governo também elevou a carga tributária para 34% do PIB. Enquanto isso, a classe média (que é a principal responsável pela saúde da economia do País) perdeu um terço de seu poder de compra na era FHC, empobrecendo de uma forma rápida e sem precedentes. Infelizmente, o País está colhendo aquilo que o governo plantou. “Um mergulho no desconhecido” (ISTOÉ 1714).
Sergio Tannuri
São Caetano do Sul – SP
Professores
Gostaria de parabenizar ISTOÉ pela brilhante matéria acerca
das péssimas condições de trabalho a que estão submetidos os profissionais da educação no ensino fundamental e médio. Contudo, apenas gostaria de destacar que as consequências desse nível de stress também se estendem aos professores das universidades e faculdades privadas, bem como às universidades públicas. Infelizmente, num país onde a educação se encontra nessas condições a reprodução do conhecimento em alto nível está, decididamente, ameaçada. “Mestres sem carinho” (ISTOÉ 1714).
Helder Bezerra Teixeira
Aracaju – SE
Fiquei triste, mas ao mesmo tempo contente ao constatar que uma revista tão competente como ISTOÉ abordou esse assunto que só nós professores sentimos na pele. O que mais me espanta é o governo do Estado dizer que contratou seguranças na escola. Trabalho em uma escola pública em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, e não vi nada ainda. Eu mesma, no ano passado, passei por diversos problemas de saúde, todos gerados pelo fator emocional, mas acho que neste ano eleitoral todos os candidatos apresentarão soluções para os nossos problemas. Quem sabe pelo menos resgatem a nossa dignidade.
Leila M. Martins da Silva
Mogi das Cruzes – SP
Gostaria de sugerir novo título para essa reportagem: “Mestres com carinho, mas sem apoio”. Atualmente só exerce essa profissão quem tem muito amor, caso contrário, procura outras alternativas. A reportagem não me surpreende, pois é a realidade nua e crua. O que me espanta é que tantas pesquisas foram feitas, tantas teses publicadas e o governo brasileiro nada tem feito para modificar nossa lamentável situação. Até quando seremos um país sem educação de verdade?
Sandra M. Borba de Oliveira
Osasco – SP
Discriminação
Além de conviver com truculentos marginais dentro das favelas, fora delas a população dos morros tem de enfrentar outro terrível inimigo: a discriminação. São pessoas, na sua maioria, honestas, mas vítimas da falta de oportunidade e dos pejorativos adjetivos. As favelas, já consideradas cidades do crime, são o apanágio do déficit habitacional. Má distribuição de renda, desemprego, falta de saneamento e educação são problemas que caminham a passos largos pelas ruelas, onde as autoridades só entram para caçar marginais. O preconceito alija potencialidades da sociedade. São mão-de-obra que, sem esperança, vão ao encontro da marginalidade, que está de braços abertos e ocupa um espaço cada vez maior. “O fator Elias Maluco” (ISTOÉ 1714).
Fábio Moreira da Silva
Belo Horizonte – MG
Esperanto
Gostaria de parabenizar esta revista, particularmente o repórter Camilo Vannuchi e o fotógrafo Alan Rodrigues, pela excelente reportagem publicada a respeito da língua internacional esperanto. Sou esperantista há quase 40 anos e é muito raro ver na imprensa brasileira uma reportagem a respeito do esperanto que não seja eivada de preconceitos e desinformações ou, em muitos casos, até mesmo de galhofa. A matéria em questão é perfeita. Faz uma abordagem correta e honesta a respeito do assunto. “Ciu vi scias paroli en ci tiu lingvo?” (ISTOÉ 1714).
Aloísio Sartorato
Representante da Associação Mundial de Esperanto na cidade do
Rio de Janeiro – RJ
Temos visto, ao longo dos tempos, diversos veículos de comunicação transmitirem informações equivocadas a respeito do idioma internacional esperanto. Não é o caso da revista ISTOÉ, que informou com total correção sobre os dois congressos mundiais que ocorrem este ano no Brasil e sobre o intercâmbio produzido por esse idioma no mundo. Como os veículos tratam as suas informações seguindo um padrão homogêneo, chegamos à conclusão natural que a revista ISTOÉ estende esse padrão de isenção para todas as suas notícias. Parabéns!
Marcos Pimenta
São José dos Campos – SP
Delfim
Quem leu a entrevista “FHC não deixa saudade” com o economista e político Antônio Delfim Netto e a nota “Justiça fora do futebol” do Fax Brasília, ambas na edição da revista ISTOÉ 1713, está capacitado a compreender as razões pelas quais os atuais detentores do poder querem a restauração do injustificável foro da impunidade, dito privilegiado. Os políticos querem garantir seu julgamento por tribunais de composição política, cujos membros são indicados, ou nomeados, por eles. É preciso estar alerta.
Homero Benedicto Ottoni Netto
Atibaia – SP
Alca
O Brasil ganha mais se abrir o mercado comercial com relação à União Européia. Os aspectos são bons: pode ter um crescimento econômico, diminuir o déficit em vários sentidos e trazer benefícios para o crescimento das exportações de matérias-primas e serviços. Cria ainda uma valorização positiva que colabora para ampla abertura de mercado sem riscos, gerando novos empregos e serviços por trazer investimentos que elevarão o desenvolvimento econômico e político que o Brasil merece. Isso cria maturidade nas decisões pensando em futuras transações na abertura do comércio para outros continentes. Já com a Alca o Brasil deixa de caminhar com suas próprias pernas e segue as normas favoráveis aos Estados Unidos e deixa de ser uma transação comercial sem democracia. Temos direito de opinar sobre qual é o melhor e não sermos controlados por outra nação. Não estamos na colonização. “Alca 1 x 0 Brasil” (ISTOÉ 1713).
Ricardo Milat
São Paulo – SP
Sociedade
Em resposta à carta do dr. Luiz Carlos Machado, na edição 1714,
a qual faz acusações infundadas sobre a minha atuação na Secretaria Municipal de Saúde da cidade de Lima Duarte – MG, venho fazer as seguintes considerações: O dr. Luiz Carlos Machado é médico psiquiatra concursado deste município e atualmente encontra-se afastado, sem vencimentos, por solicitação própria. Ao contrário do que foi exposto em sua carta, nossa maior perseguição é principalmente com a qualidade dos atendimentos dos profissionais aos nossos pacientes. Talvez seja este o motivo de seu pedido de afastamento profissional. Vale ressaltar, ainda, que este é o terceiro mandato do atual prefeito e pela primeira vez um parente ocupa um cargo de confiança em seu governo. Aceitei o convite que me fez, o qual foi baseado unicamente na minha capacidade profissional, e entendi que seria uma oportunidade de dar a minha contribuição ao município que nasci. Portanto, o que mais aprendi
com o meu pai, nestes quase 12 anos de administração pública foi nunca deixar o poder subir à cabeça, portanto jamais abusaria do pequeno cargo o qual ocupo. Quanto às questões citadas em sua carta sobre perseguição a funcionários concursados, dobrar salários com diminuição de carga horária e abuso de autoridade de minha parte, o dr. Luiz Carlos Machado responderá através de processo judicial, onde poderá provar as referidas acusações, pois todos nós desconhecemos esta situação em nosso município.
Mara Barros
Secretária Municipal de Saúde de
Lima Duarte – MG
Coração
Gostaria de parabenizar a revista pela matéria “Mais perto do coração” (ISTOÉ 1712), que salienta a importância de uma dieta correta, da prática de exercícios físicos e das precauções quanto ao colesterol e ao cigarro para evitar problemas cardíacos que hoje matam mais de 300 mil pessoas só no Brasil.
Felipe Vieira Costa
Florianópolis – SC