11/09/2015 - 20:00
A maior e mais contundente reforma dos últimos dois séculos na Igreja Católica, no campo das normas que regulamentam a anulação do casamento, foi promovida na semana passada pelo papa Francisco. Em documento redigido de próprio punho (“Motu Próprio”, que traduzido do latim significa “de sua iniciativa”), Francisco põem fim a eternidade de tempo que demorava a anulação de casamentos, na qual a palavra final tinha de ser do Vaticano. Agora todo o trâmite terá de ser realizado em no máximo 45 dias e a decisão fica a cargo de um bispo. O papa reiterou que o casamento continua a ser uma “união indissolúvel” (tanto que o divórcio segue não sendo reconhecido) e que seu gesto tem como objetivo apenas a simplificação do processo para aqueles que requerem a anulação – ela pode ser pedida por um dos cônjuges quando a outra parte, por exemplo, “se nega a ter filhos ou demonstra profunda imaturidade psicológica”.