O mundo perdeu um de seus “loucos” mais criativos: morreu o grande neurologista e grande escritor britânico, Oliver Sacks, aos 82 anos, de câncer no fígado. A loucura fica por conta de duas obras primas: “O homem que confundiu sua mulher com um chapéu”, que trata da agnosia visual (incapacidade de reconhecer objetos), e “Alucinações musicais”, que aborda a prosopagnosia (dificuldade para reconhecer rostos) – ele próprio sofria disso. A sua obra mais conhecida chama-se “Tempo de despertar”. O maravilhoso “louco” Oliver Sacks mergulhou também, como ninguém, no mundo dos autistas com “Um antropólogo em marte”. Quando soube que estava com câncer entregou- se à leitura do filósofo do século 18 David Hume, ideólogo daqueles que eram céticos do Iluminismo. Ao “The New York Times” enviou uma carta, as suas últimas linhas dizem: “Eu não posso fingir que não tenho medo. Mas meu sentimento mais importante é o de gratidão. Amei e fui amado”. Oliver Sacks morreu no domingo 30.