Madonna já disse que um belo par de sapatos Manolo Blahnik é melhor do que sexo. Vindo de quem vem o elogio é explosivo. Blahnik – criador do sapato fetiche das mulheres nova-iorquinas e adjacências – retrucou: “É melhor porque dura muito mais.” Ninguém resiste a uma respeitada grife, emblema de sedução e poder. E agora – soem as trombetas – já dá para conhecer quais são as duas grifes mais cobiçadas e amadas do planeta: Armani e Gucci, ambas italianas. Um levantamento da empresa de pesquisa americana ACNielsen apontou que um em cada três consumidores compraria artigos das duas marcas caso, é claro, o dinheiro não fosse problema. A pesquisa online foi realizada com 21 mil consumidores de 42 países, incluindo o Brasil. Entre as outras marcas citadas despontam Christian Dior, Ralph Lauren e Louis Vuitton.

Os entrevistados não escolheram os vencedores por acaso. Segundo Frank Martell, presidente da ACNielsen na Europa, tanto a Gucci como a Armani “não vendem simplesmente moda, mas uma imagem”. Ambas têm em comum o fato de iniciarem como empresas familiares e se tornarem impérios nos anos 90. Foi nos anos 70 que Giorgio Armani começou a desenhar seus blazers sem forro. Hoje um terno Armani é um uniforme masculino na cerimônia do Oscar, que acontece neste domingo 5. No caso da Gucci, a história começa numa pequena loja de bagagens na Florença de 1921 e chega a consumidoras célebres como Jackie Kennedy. Já o futuro das duas marcas é reluzente. A Armani tem cosméticos, utensílios domésticos, relógios e agora investe em hotéis. A Gucci ganhou impulso nos lucros com a passagem do designer de moda Tom Ford em seus quadros. Da Índia à China todos vestem, ou querem vestir, Gucci e Armani.