O office-boy e estudante de turismo Alessandro Paschoal dos Santos foi a uma agência do banco Santander, no bairro carioca do Leblon, fazer um depósito de R$ 68. Ficou detido na porta giratória que travou e disparou o alarme. O crime de Alessandro: ter um braço mecânico que foi detectado pelos sensores. Alessandro também é negro. Mesmo mostrando o braço mecânico, o segurança o obrigou a tirar a camisa e chamou a polícia. Foram então 25 minutos de espera. Quando a polícia chegou, exigiram que Alessandro exibisse a carteira de trabalho – aliás, alguém anda com esse documento no bolso? Procurado por ISTOÉ, o Santander não quis se pronunciar sobre o caso.

ISTOÉ – Como se sentiu?
Alessandro
– Muito humilhado. Todos me olharam como ladrão. Só aconteceu porque sou negro.

ISTOÉ – O que você pretende fazer?
Alessandro
– Vou processar o banco por danos morais para que isso não volte a acontecer com ninguém.