15/09/2023 - 8:30
Como um aparelhinho que cabe na palma da mão pode mexer com a geopolítica do planeta? Pois é o que o iPhone 15 consegue. Para o novo lançamento da Apple (de sede americana), a Foxconn (com origem taiwanesa) recrutou 200 mil funcionários para sua fábrica em Zhengzhou (cidade chinesa), como forma de dar conta da produção inicial prevista entre 85 e 90 milhões de unidades do iPhone 15, 15 Plus, 15 Pro e 15 Pro Max.
A ávida euforia dos consumidores ficou patente na terça-feira 12, em Cupertino, na Califórnia, quando Tim Cook, CEO da Apple, exibiu os quatro novos modelos.
Anunciada na véspera em redes sociais pelo bilionário de 62 anos, que entrou na Apple em 1998 nos tempos de Steve Jobs, a festa reuniu convidados para uma “nova era da Apple Silicon” (uma linha de processadores), como o próprio Cook afirmou.
A maior novidade (para a Apple) destacada no iPhone 15 é o cabo USB-C, visto como exigência de mercado — por enquanto, basicamente da União Europeia, que deu prazo até o fim do ano para se usar um “conector universal” como padrão internacional de comunicação e recarga de dispositivos móveis, diminuindo custos para consumidores e também reduzindo desperdícios.
Para carregamento de iPhones, iPads e Macs, agora será possível usar o mesmo cabo, que tem mais durabilidade, alta velocidade para captação de energia e também na transferência de dados (oito vezes o USB). Além disso, versatilidade e potência para conectar, por exemplo, um desktop a um monitor externo, sem necessidade do cabo HDMI. E é capaz de transmitir dados de um notebook a um HD externo conectados a um mesmo monitor.
A câmera passa a contar com estabilizador para fotos e vídeos, otimização de iluminação e cor nos retratos, dentre outros novos recursos — como reforço de segurança contra softwares-espiões.
Com modelo top fosco, em titânio, há versões em:
* branco,
* preto,
* cor-de-rosa,
* verde
* amarelo.
Na quarta-feira 13, a China desmentiu notícias do Wall Street Journal de que o país iria restringir o uso de iPhones em instalações do governo, o que provocara queda brusca das ações da Apple na semana passada.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores garantiu que “a China não promulgou nenhuma lei, regulamento ou documento político que proíba a compra e o uso de smartphones de marcas estrangeiras, incluindo o iPhone”.
Assim, a guerra tecnológica entre EUA e China, que envolve Taiwan em alta pressão armamentista, pode prosseguir — mas, ao mesmo tempo, os dois países mostram não ter interesse em romper parcerias comerciais.