28/07/2004 - 10:00
O Porto de Sepetiba está prestes a viver uma revolução. Nos corredores do governo do Estado do Rio de Janeiro, uma meticulosa estratégia de desenvolvimento está sendo discutida. Ela envolve investimentos de pelo menos R$ 1 bilhão. É uma excelente notícia para estivadores e fabricantes de máquinas, que há muito não observam uma melhora no setor, apesar das crescentes exportações do País.
Principal terminal marítimo fluminense, o plano mexe na malha rodoviária e ferroviária, busca atrair empresas e almeja conquistar a preferência na movimentação de algumas cargas. A discussão já evoluiu para questões orçamentárias e alguma novidade deverá aparecer nos próximos balancetes do Estado, principalmente nos números projetados para 2007. O objetivo: em 2013, o porto deverá estar preparado para transportar 30 milhões de toneladas por ano, o que significa o dobro do volume movimentado em 2002.
Antônio Carlos Soares, presidente da Companhia Docas do Estado do Rio de Janeiro, conta que novas áreas estão em processo de arrendamento junto à Agência Nacional de Transporte Aquaviário, a Antaq. A fase agora é de contratação de firmas de auditoria. Sem contar que as discussões sobre entraves ao crescimento evoluem passo a passo, como a construção da malha ferroviária de 70 quilômetros e um investimento de R$ 260 milhões. Apesar da suntuosa cifra, o efeito benéfico para o Estado será incomparável, porque permitiria escoar a safra de soja do Centro-Oeste para fora do País.
Construído há 22 anos, o porto número um da Companhia Docas do Estado do Rio de Janeiro já recebeu US$ 700 milhões em investimento. Um bom dinheiro que serviu para montar a sua infra-estrutura e lhe dar a confortável posição de representar 44% do faturamento da Docas. Neste ano, contudo, a administração espera movimentar quase 25 milhões de toneladas, o que representará um empurrão de 26% se comparado aos 19,9 milhões transportados em 2003. Em reais, o aumento é o mesmo. Espera-se um acréscimo de 26% sobre os R$ 25 milhões da receita de 2003.