O velho álbum de fotografias está ganhando cara nova. Graças ao scrapbook – ou livro de retalhos –, técnica americana que dá mais graça ao armazenamento de fotos. O segredo é a combinação de acessórios como etiquetas, fitas, botões e apliques com papéis especiais que garantem um visual moderno e descolado. “A idéia é contar a história de cada fotografia, sentimentos ou detalhes que a imagem nem sempre diz”, explica Claudia Necchi, professora de scrapbook. Por aqui, a atividade ainda é novidade, mas não pára de crescer.

Em países como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e Austrália já é uma prática comum. “Conheci o scrapbook há oito anos nos Estados Unidos e passei a fazer álbuns sob encomenda”, conta Claudia.

Aprender o método não é complicado. Cursos pipocam por todos os lados, inclusive na internet. Um deles é oferecido pelo site Scrapbook Brasil (scrapbookbrasil.com.br).

“Também oferecemos dicas e espaço para troca de idéias”, diz Cristianne Dias, fundadora da comunidade, hoje com 2,3 mil cadastrados. Em São Paulo, há lojas especializadas. Uma delas é a Fine Papers, onde a encadernadora Ursula Frangulis, 24 anos, conheceu a técnica. “Fiz um álbum com fotos da minha filha e do meu marido e adorei. Funciona como terapia”, compara.

O mesmo conceito tem sido utilizado na produção de cartões e agendas. Recomenda-se que o trabalho seja feito em papel sem ácido. Tinta, caneta, adesivos e cola também devem ser neutros para que não haja interferência nas cores das fotos. Antes de começar a picotar papel, porém, é bom preparar o bolso. Como a maioria dos produtos é importada, o kit básico não sai por menos de R$ 80. Já o curso custa em média R$ 100 por três horas.