08/12/2004 - 10:00
Do pregador de roupas multiuso, criado por Marcela Albuquerque e Taciana Silva, alunas do curso de desenho industrial da PUC/ Rio – que serve para prender roupas no varal ou pendurar pequenas peças -, à versatilidade da linha integrada de móvel que possibilita várias opções de composição, do carioca Ivan Rezende. Do revestimento para o chão feito com resíduos de borracha de câmaras de ar, criado por Christus Nóbrega e produzido pela Cotremar, de Campina Grande (PB), à alta performance do carro compacto idealizado para o transporte urbano, inspirado no projeto de Anísio Campos. Com engenhosidade e inovação, essas e outras 15 criações conquistaram os primeiros lugares em diversas categorias da 18ª edição do Prêmio Design Museu da Casa Brasileira, anunciado na semana passada em São Paulo.
A premiação é considerada o Oscar do design brasileiro e este ano registrou um número recorde de participantes. Foram 462 inscrições, o que significa um aumento de 38% em relação à edição do ano passado. “O prêmio mostra a pluralidade do design no Brasil”, afirma Adélia Borges, diretora do museu. Segundo ela, é importante destacar a crescente participação das companhias nos processos de criação e produção, o que abre portas para o trabalho do designer. E, para incentivar ainda mais essa parceria, os organizadores decidiram premiar também as empresas participantes. “O design é resultado do esforço integrado entre quem projeta e quem produz. Sozinho, o profissional consegue muito pouco”, diz Adélia. A mostra Prêmio Design ficará aberta ao público até o dia 16 de janeiro, no Museu da Casa Brasileira.