15/12/2004 - 10:00
Acendeu a luz vermelha no gabinete do coordenador político do Palácio do Planalto, ministro Aldo Rebello. Acossado pelo PT, ele apostou todas as suas fichas na coalizão formal com o PMDB, tendo como interlocutores privilegiados o líder do governo no Senado, Renan Calheiros, e o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira. Mas estes foram derrotados na reunião da Executiva do partido, na quarta-feira 8, que confirmou a Convenção Nacional do domingo 12. O racha no PMDB deixou claro que Renan, Eunício e o presidente do Senado, José Sarney, não conseguem trazer para o governo o PMDB razoavelmente unificado. Os petistas agora fazem coro: a base governista está de cabeça para baixo e não é mais possível deixar de responsabilizar o coordenador político do Palácio. Até então, Aldo vinha conseguindo fugir do tiroteio, com a imagem de vítima dos ataques petistas. Mas o problema objetivo é que, com a encrenca em torno do PMDB, ele voltou a figurar na lista de ministros que podem ser removidos na próxima reforma ministerial.