Durante a votação no Senado da medida provisória que deu status de ministro ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP), teve uma reunião com o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). O assunto principal foi, é claro, a blindagem de Meirelles, mas um outro tema também entrou na pauta: a possibilidade de ACM indicar um nome para a reforma ministerial que está sendo preparada pelo presidente Lula. O baiano traria três votinhos para a frágil base do governo no Senado. Juntando-se outros votos que a senadora recém-licenciada Roseana Sarney (já praticamente confirmada como futura ministra) também pode conquistar no PFL, o convite a ACM pode provocar um estrago no partido oposicionista. Mercadante e o velho senador baiano não firmaram ainda um acordo definitivo, mas estão muito próximos disso. A única dificuldade agora é romper resistências, dentro do PT, ao pragmatismo dessa estratégia do Palácio do Planalto.