A coreógrafa argentina Constanza Macra, diretora da companhia de dança Dorky Park, provou por que é chamada de “a Pina Bausch do século XXI” com as apresentações em São Paulo do seu mais recente espetáculo Big in Bombay. Na co-produção entre Alemanha e Suíça, que já percorreu a Europa, os EUA, a Índia, o Japão e a Coréia, ela faz uma mistura de drama, humor negro e sátira à vida moderna. Por isso, exige uma trupe preparada e versátil. A companhia tem 14 integrantes entre bailarinos, cantores e músicos, e mistura influências asiáticas, latinas e ocidentais. Especialmente na parte musical. “Usamos a música pop de diferentes regiões do mundo”, explicou a coreógrafa após a primeira rodada de ensaios da trupe, que tem dançarinos de três continentes. Durante os intervalos, eles falavam inglês, espanhol e alemão. No palco, uma grande caixa de vidro simula uma sala de espera. “É uma caixa de pandora”, diz Constanza. “Fazemos uma sátira à banalidade da indústria do entretenimento que cria nas pessoas a expectativa de tornar-se um grande sucesso.” O próximo espetáculo da companhia está quase pronto. Vai estrear em janeiro na Alemanha e depois vem ao Brasil. Ainda não tem nome definitivo, mas terá a vida nos condomínios como tema.