24/09/2008 - 10:00
Começou uma nova era no universo dos games. Planetas fantásticos, criaturas estranhas, interação entre as galáxias. No comando, qualquer um de nós. Foi lançado na semana passada o jogo Spore, desenvolvido pelo designer americano Will Wright, o mesmo que já revolucionou o mercado com SimCity e The Sims. O Spore segue a mesma linha dos antigos simuladores, mas oferece possibilidades inimagináveis até para as mentes mais criativas. Nele, o jogador atua como Deus, viaja por um universo em três dimensões e escolhe um planeta para povoar. Desenvolve criaturas, a começar pelas mais simples. E vai criando os demais seres. Pode acompanhar a sua evolução, a disputa por territórios, o desenvolvimento do cérebro, a organização em comunidades, o advento de civilizações e as conquistas espaciais. O jogo faz um passeio pelas teorias científicas, mas é muito mais do que diversão para crianças. Na verdade, trata-se de uma plataforma que permite a jogadores de diversos países interagir numa mesma galáxia.
“Spore não tem precedente”, diz Wright. O simulador de Deus parte de uma célula e chega ao desenvolvimento do DNA de sua criatura, com animação perfeita dos mínimos detalhes: num animal, por exemplo, criam-se patas, coluna vertebral, garras ou qualquer outro componente. Quando essa evolução termina, é o momento de interagir – os seres animados até fazem sexo, na verdade uma engraçada coreografia de acasalamento. Nessa fase o jogador controla uma comun i d a d e , desenvolvendo estratégias, guerreando e conquistando novas vilas até possuir uma civilização. É possível criar edificações, veículos e qualquer coisa que lhe venha à cabeça. O objetivo do jogo, após a civilização que foi montada já ter conquistado outros planetas, é chegar ao centro do universo. “O Spore é para os games o que a web 2.0 é para a internet”, disse à ISTOÉ Ian Freitas, gerente de produto da empresa Electronic Arts, no Brasil. Em junho ela fez a demonstração do Editor de Criaturas, um aperitivo do que seria o novo game. E essa foi somente a versão demo, que tinha 25% da capacidade total. Na versão final é possível compor, inclusive, o hino nacional de sua civilização. Como há a opção de cada jogador compartilhar com outro a sua criação, forma-se uma comunidade que cresce exponencialmente. “O Spore é como um kit do jogo Lego, mas do tamanho do universo”, diz Freitas. Desde que começou a ser vendido. Cerca de um milhão de novas criaturas são criadas todos os dias. O game custa no Brasil R$ 99.