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O MENINO DA PORTEIRA Daniel achou difícil fazer cenas dramáticas

Após o sucesso do filme 2 filhos de Francisco, que conta a trajetória da dupla Zezé Di Camargo e Luciano e é ainda a produção brasileira mais assistida desde 1980 (sete milhões de espectadores), outra história ambientada na zona rural estreia nos cinemas na sexta-feira 6 apostando nesse bem-sucedido – e pouco explorado – filão sertanejo. O menino da porteira, drama baseado na famosa canção homônima da dupla de violeiros Ted Vieira e Luizinho, é protagonizado por uma estrela do gênero, o cantor paulista Daniel. Nessa nova experiência nas telas, ele interpreta o peão de boiadeiro Diogo e segue os passos do músico e ator Sérgio Reis, que viveu o mesmo personagem na primeira versão do filme na década de 70, também dirigido por Jeremias Moreira. "Sérgio Reis sempre foi uma referência. Ele é um ídolo para mim. Aprendi a cantar com os seus clássicos", diz Daniel.

"Eu e Scot vivíamos em sintonia. Parece que ele entendia a palavra ação. Acho que ensaiava mais do que eu"
Daniel, sobre o seu cavalo no filme O menino da porteira

Não por coincidência, o cantor foi lembrado para fazer outro papel que também foi de Sérgio Reis em 1982 – o bem-humorado e mulherengo peão da novela Paraíso, de Benedito Ruy Barbosa, cujo remake estreia na Rede Globo na segunda-feira 9. A única diferença é que com Sérgio Reis o personagem se chamava Diogo e com Daniel se chamará Zé Camilo (nome escolhido por ele para homenagear seu pai). Nascido na cidade paulista de Brotas, a vida rural lhe é familiar: "Sempre toquei gado, já tirei leite de vaca e tocava um pouco o berrante." Sucesso desde os anos 90, quando formava dupla com João Paulo (parceiro que morreu em 1997 num acidente de carro), Daniel firmou-se na carreira solo com o seu estilo musical sertanejo-pop-romântico. E tem queda para galã.

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Em suas experiências como ator, ele confessa se sentir mais à vontade com o papel descontraído da novela do que com o Diogo do filme. "As cenas dramáticas são as mais difíceis", diz ele, referindo-se à vida sofrida e misteriosa de seu personagem em O menino da porteira. E afirma que presta mais atenção no cavalo Scot (seu parceiro em 90% das cenas) do que nele próprio quando assiste ao filme. "Tivemos uma sintonia incrível", diz o cantor. "Scot parecia entender quando ouvia: ação! Era como se ensaiasse mais do que eu."