Poucas espécies de animais despertam tanto interesse nos cientistas como as que vivem nas áreas alagadas da Floresta Amazônica. Elas possuem adaptações genéticas poderosas que as fazem resistir a condições extremas – habitam, por exemplo, pântanos que contêm ácido sulfúrico, gás metano e pouquíssimo oxigênio. Para desvendar o segredo dessa adaptação, cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia irão sequenciar o DNA dos animais das áreas inundadas (1,3 milhão de quilômetros). A verba para esse estudo, que levará três anos, é de R$ 7 milhões.

Os pesquisadores irão analisar, também, espécies que vivem em regiões modificadas pelo homem (como hidrelétricas e áreas de mineração) para observar como elas resistem e vão se adaptando, inclusive à poluição. Nesse ponto, os animais ajudarão o homem: é objetivo do estudo a identificação de proteínas, hormônios e enzimas que possam auxiliar no desenvolvimento de medicamentos. As informações serão armazenadas em um supercomputador que fará o sequenciamento genético.