As mulheres ganharam sex shops camufladas em lojas de lingerie convencionais. São lugares que reservam discretos espaços entre calcinhas, sutiãs e corpetes, onde elas podem comprar brinquedinhos eróticos. No Rio de Janeiro, a prática foi disseminada pelo Clube do Chocolate. Ao chegar à megaloja em São Conrado a cliente nem percebe o que há atrás de uma porta revestida de espelho. Ela entra então numa sex shop batizada de Clube das Meninas, onde homem é proibido.

Na Madame Blanchye, na Barra da Tijuca, o clima sensual começa no primeiro piso, onde as lingeries de luxo se misturam às fantasias sensuais. Na sex shop, no segundo piso, imperam o rosa e o vermelho. Sheila Lemos, avó aos 49 anos, já se sentiu mal ao ser atendida por homens na única sex shop que conheceu. “Sou meio careta para essas coisas, mas aqui é muito bom”, diz ela. Tanto na Madame Blanchye quanto na Pselda, em Ipanema, zona sul, o acesso aos homens é permitido, mas só com hora marcada. A Pselda é tão discreta que a parafernália erótica fica dentro de um armário, só aberto a pedidos.