18/02/2009 - 10:00
Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Case Western Reserve, nos Estados Unidos, mostrou que nossas experiências de vida são tão prejudiciais para a beleza quanto a passagem do tempo. Os cientistas descobriram que passar por um divórcio ou ter depressão, por exemplo, tornam o rosto mais velho. Os achados foram publicados na última edição do jornal da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica.
PASSAGEM DO TEMPO O estudo comparou a aparência de gêmeas. As rugas e marcas de expressão eram mais profundas nas que tiveram uma vida difícil (na foto, a da esquerda)
Segundo o coordenador do trabalho, Bahman Guyuron, o objetivo era levantar motivos que aceleram o envelhecimento e encontrar formas mais eficazes de controlá- los. Para obter as respostas, os investigadores selecionaram 200 pares de gêmeas idênticas e as avaliaram por meio de fotografias digitais e questionários com questões abrangentes sobre suas vidas. As imagens foram analisadas por um modelo de computador que calculava as diferenças de idade entre as participantes a partir das suas aparências.
As conclusões são interessantes. "As que haviam passado pelo divórcio pareciam quase dois anos mais velhas do que as que estavam casadas, solteiras ou viúvas", explicou o pesquisador, chefe do Departamento de Cirurgia Plástica do hospital universitário da Universidade Case Western Reserve. Visivelmente mais velhas também estavam as que tomavam antidepressivos. Nesse caso, os cientistas acreditam que o efeito tenha sido causado porque essas drogas promovem relaxamento da musculatura facial, o que contribui para o aprofundamento das rugas. Da mesma forma, aquelas que haviam fumado ou continuavam fumando, e as que se expuseram ao sol sem proteção também apresentaram mais sulcos e manchas na pele do que as demais.
Os pesquisadores verificaram também uma surpreendente relação entre envelhecimento facial e o peso. As mulheres que tinham menos de 40 anos e haviam emagrecido muito apresentavam expressão mais envelhecida do que as que tinham mais de 40 e eram um pouco mais gordas. "Esse resultado mostra que a excessiva perda de peso tanto pode prejudicar a saúde quanto a aparência", diz o médico Guyuron. O próximo passo dos cientistas é descobrir como esses mesmos fatores influenciam no envelhecimento facial masculino.
