Imagine a cena. Um jovem loiro, 30 anos, cabelo bagunçado, de jeans, camisa florida e sotaque acaipirado do sul de Londres. Qual seria o cenário perfeito para um tipo desses? Que tal uma cozinha? Pois bem, assim é Jamie Oliver, novo queridinho da gastronomia inglesa, chamado pelo jornal The Times de “a nova estrela dos chefs” e pela BBC Good Food de “o chefe mais quente do pedaço”. Ele comanda os programas The naked chef e Jamie’s kitchen, conhecidos pelos brasileiros como Truques de Oliver e Cozinhando com Jamie, exibidos no canal pago GNT. A performance elétrica no fogão de seu loft é diferente de tudo o que já foi mostrado na televisão em culinária. A proposta é fazer receitas de forma rápida e prática. É inevitável o espectador não pensar: “Se ele faz, também consigo.”

Oliver prepara delícias para comer com seus amigos, convidados do programa. Antes de começar as receitas, pega sua estilosa scooter e vai a mercados espalhados em Londres, escolher cada ingrediente. Com o sucesso na tevê, surgiu o livro Jamie Oliver – o chef sem segredos (Edit. Globo, 256 págs., R$ 68), lançado este mês no Brasil.

O jovem chef foi precoce. Começou aos sete anos descascando batatas no restaurante de seu pai. Mas foi no famoso River Café que sua irreverência foi
notada. Depois de um documentário sobre o restaurante italiano, ele recebeu propostas de trabalho de cinco emissoras. Aos 25 anos, estreava na Optomen Television com o The naked chef. Três anos depois, Oliver ensinou sua arte para 15 jovens desempregados abrirem um restaurante – o Fifteen. Resultado? O
processo se transformou no reality show Cozinhando com Jamie, de audiência recorde de seis milhões de pessoas por programa. Dos 15 novos cozinheiros,
dez tocamo badaladíssimo restaurante, na zona leste de Londres. Detalhe:
todo o lucro é só deles.