23/08/2006 - 10:00
O mais novo caminho da joalheria é fazer o ouro reluzir em belíssimos tons de rosa. Os designers escolheram a cor para criar brincos, anéis, colares e pingentes com carga altamente feminina. Assim como no ouro amarelo e no branco, a coloração é obtida a partir das proporções e dos tipos de metais usados na liga que é combinada ao ouro bruto, encontrado na natureza, para transformá-lo na versão comercial de 18 quilates.
Toda peça preciosa, em qualquer cor ou tom, é fruto da mesma composição: 75% de ouro puro e 25% de uma mistura de metais como cobre, prata, ferro e zinco. Para os tons rosados, o segredo é reforçar na mistura a presença de prata e cobre. “O rosa chegou com força e deu um efeito adocicado às jóias”, compara Regina Machado, consultora de estilo do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos.
Um componente importante da tendência é um certo resgate do passado. Não será difícil encontrar jóias com essas tonalidades, por exemplo, na caixa de jóias dos avós. Uma peça clássica repleta de referências à idéia é uma famosa aliança lançada nos anos 20 pela Cartier, com três aros de cores diferentes entrelaçados. O branco representava a amizade; o amarelo, a fidelidade; e o rosa, a paixão.
Mas os joalheiros contemporâneos preferem apostar no romantismo com peças inteiras em rosa, ainda mais ousadas e belas quando cravejadas com pedras da mesma tonalidade, como turmalina, quartzo rosa e rubi. Assim como na moda, que não precisa mais combinar bolsas com sapatos, as jóias também não seguem regras para compor o visual. As mulheres podem misturar as peças cor-de-rosa com o ouro amarelo e o branco. “A novidade entre os noivos é comprar aliança rosa para ela e branca para ele”, conta Regina. Pelo menos no simbolismo, eis um par perfeito.