20/04/2005 - 10:00
Era uma vez um vigilante mineiro (nome não revelado) que andava pobre de dinheiro e ruim no casamento. E a sua grande paixão na vida lhe era inacessível – não, não era uma outra mulher o objeto dessa paixão desenfreada, mas eram carros, carros grandes, carros belos e carros caros.
Ia o ano de 1998 e eis que o vigilante levou muita sorte: ganhou sozinho o prêmio da Mega Sena (dezenas 5, 6, 19, 34, 39 e 57). O vigilante, casamento mambembe, não contou nada a sua mulher sobre o prêmio que recebera e simplesmente pediu na Justiça a separação. E foi atrás de sua paixão sobre quatro rodas.
O tempo foi passando e o vigilante milionário foi passeando para cima e para baixo com seus carrões. Mulheres são mulheres, sobretudo as divorciadas, e uma amiga também separada do marido alertou a ex-esposa do vigilante sobre o fato de que ele só andava em belos carros. Ela foi então à Caixa Econômica e descobriu que ele enricara na Mega Sena. E daí foi à Justiça. Agora acabou o era uma vez… A Justiça decidiu: o prêmio da loteria faz parte dos bens que o casal reuniu quando ainda era um casal, não importa se um ano, um mês, um dia ou um hora antes da separação. O vigilante espertalhão terá de dividir com a ex-mulher os R$ 30 milhões que recebeu da Mega Sena.