12/02/2010 - 12:00
Encenar peças em espaços pouco convencionais é uma das marcas do grupo Teatro da Vertigem, de São Paulo. Outra característica, até mais importante que esse impacto visual, é o lado investigativo dos espetáculos criados de forma coletiva. Tudo isso está presente novamente em “Kastelo”, em cartaz na Unidade Provisória do Sesc Avenida Paulista, até 14 de março. Dessa vez a peça se passa em balancins pendurados na fachada do prédio, à altura do terceiro andar. A plateia se acomoda em cadeiras de escritório diante das janelas de vidro e ao lado de armários e fichários. Esse ambiente cenográfico mostra-se perfeito para a discussão que o texto propõe, sobre a nova realidade do trabalho, a partir do romance “O Castelo”, de Franz Kafka. São sete atores em cena sob a direção de Eliana Monteiro.
+5 PEÇAS DO TEATRO DA VERTIGEM
O LIVRO DE JÓ
Baseado no texto bíblico, o espetáculo (foto) foi encenado em um hospital desativado e lançou o ator Matheus Nachtergaele
PARAÍSO PERDIDO
A peça se passa numa igreja e trata da perda do paraíso. Foi inspirada no livro de John Milton
APOCALIPSE 1,11
A partir do livro Apocalipse de São João, a montagem trata da violência atual e sua ação acontece num presídio vazio
BR-3
O rio Tietê, em São Paulo, serviu de cenário para esse espetáculo cujo texto, de autoria de Bernardo Carvalho, trata da identidade nacional
A ÚLTIMA PALAVRA É A PENÚLTIMA
Um ensaio do filósofo francês Gilles Deleuze foi o ponto de partida dessa peça encenada em uma passagem subterrânea