08/04/2016 - 19:00
O Supremo Tribunal Federal exonerou do cargo de chefe da secretaria da seção judiciária a funcionária do STF Maria das Graças Pereira, que assumiu o erro de divulgar no site do Supremo a minuta não concluída e não assinada, com um pedido de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer. O fato foi considerado de alta gravidade dentro do Supremo e o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, mandou instaurar uma apuração para averiguar a motivação do vazamento. Na minuta – quatro dias depois confirmada como sentença -, o ministro Marco Aurélio Mello determinava ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitar e instalar comissão especial para análise. A funcionária, que é concursada, estava há cerca de 20 dias no cargo de confiança e permanecerá nos quadros do Supremo.
Na fogueira das paixões
Assim como aconteceu com o ministro Teori Zavascki – alvo de protesto em frente a sua casa, e, tempos atrás, com o presidente do STF, Ricardo lewandowski, taxado de defender a presidente Dilma, agora é a vez do ministro Marco Aurélio Mello ser alvo da ira das redes sociais. Perguntado no programa Roda Viva, da TV Cultura, sobre como responde aos ataques virtuais de que estaria defendendo o governo, Lula e o PT, ele disse que os protestos às decisões de membros do Supremo se devem às paixões do momento e que as acusações configuram uma injúria. O ministro disse ainda que as sentenças são técnicas e seguem a lei.