O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi derrotado na quarta-feira 23 no Supremo Tribunal Federal – por oito votos a dois, a Corte determinou que o eventual envolvimento da senadora petista Gleisi Hoffmann em fraudes no Ministério do Planejamento deve ser investigado separadamente das ações desenvolvidas pela Lava Jato, uma vez que não envolve a Petrobras. Restringiu-se assim o alcance dessa operação da PF (até hoje a melhor já vista no País) unicamente aos crimes ligados ao esquema de propina na Petrobras. Embora tenha sido a própria Lava Jato que descobriu os fatos que levaram à suspeita de a senadora ser beneficiária de fraudes na empresa Constist e no Ministério do Planejamento, o caso sai agora das mãos do juiz de primeira instância Sérgio Moro e do ministro do STF Teori Zavascki. Fica responsável pelas investigações o ministro Dias Toffoli. Contra o “fatiamento” da Lava Jato votaram Gilmar Mendes e Celso de Mello.