Se não consegue evitar chacinas e se em algumas delas já teve integrantes da corporação envolvidos, a Polícia Militar de São Paulo poderia, pelo menos, não expôr nomes e dados pessoais de testemunhas que depõem contra policiais – é um cuidado imprescindível na proteção da vida do depoente e de sua família. Tal exposição acaba de ocorrer nas investigações da Corregedoria da PM que apuram o extermínio de 19 pessoas na cidade paulista de Osasco, no mês passado. Dezoito policias militares e um segurança estão sendo averiguados numa operação marcada por divergências entre as polícias militar e civil – até a quarta-feira 2 apenas um soldado da Rota, suspeito de participação nos crimes, fora preso. Uma testemunha que tem seu nome exposto no inquérito está sofrendo ameaças de morte. 

Donos das balas 
Na quinta-feira 3, foi revelado que parte das cápsulas encontradas nos locais dos assassinatos integram lotes que foram comprados pela PM, Polícia Federal e Exército.