04/09/2015 - 19:30
O engenheiro naval e vice-almirante da reserva Othon Luiz Pinheiro da Silva sempre foi considerado um homem dotado de inteligência superior – e essa teria sido uma das razões que o levaram ao comando do projeto nuclear que foi secretamente desenvolvido no País à época da ditadura militar. Othon é, digamos assim, uma daquelas pessoas que popularmente são chamadas de “gênio”. O tempo passou, a famigerada ditadura sucumbiu há três décadas, e agora, desde a quinta-feira 3, o vice-almirante é réu num processo na Justiça Federal, acusado de embolsar R$ 4,5 milhões no esquema de gatunagem e propina montado na Eletronuclear (atualmente ele dá expediente numa cadeia de Curitiba). Uma das aptidões do vice-almirante não deu em nada, uma vez que o programa nuclear brasileiro tocado pelos militares adernou faz tempo. Se ele for condenado, ficará demonstrado que também para outra de suas aptidões, a do crime, a sua genialidade deixa muito a desejar. Para o bem dos cofres públicos do País.