O sonho de Lobão
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, acalenta o sonho de marcar sua passagem pelo cargo fincando uma refinaria no solo do Maranhão. Segundo ele, estudos da Petrobras indicam que seu Estado, por conta do porto de Itaqui, seria o ideal para se construir uma refinaria voltada para exportação. Só restaria definir se será ou não uma unidade premium, de grande porte. É possível, porém, que Lobão ainda tenha de comprar brigas. A Petrobras, que acabou de lançar a pedra fundamental de uma refinaria em Pernambuco, nega que a decisão de fazer outra unidade no Nordeste já tenha sido tomada.
 

Pingo nos is
O presidente Lula mandou um recado para o prefeito do Recife, João Paulo. Lula avisa que Jarbas Vasconcelos (PMDB) é seu inimigo político. E que o governador Eduardo Campos (PSB) é seu aliado. O namoro de Jarbas com João Paulo deve estar com os dias contados.

Noites de insônia
Em Sergipe, a Controladoria-Geral da União, que fazia uma devassa no governo do Estado, recebeu um chamado inadiável para voltar a Brasília. O material colhido até agora já é motivo para tirar o sono do governador petista Marcelo Déda.

Sem lobistas
O ministro das Cidades, Marcio Fortes, tem um forte antídoto contra tentativas de tráfico de influência na contratação de obras do PAC. Pelo sim, pelo não, ele se mantém em contato com os prefeitos e faz questão de acompanhar pessoalmente o andamento dos contratos. Não deixa espaço para intermediários.

Pé no fundo
Por trás da movimentação do ex-ministro José Dirceu nas campanhas municipais, o petista Manoel Severino, ex-presidente da Casa da Moeda, está fazendo a ponte entre Brasil e Venezuela, em parceria com Marcelo Sereno, que cuida dos fundos do BNDES, Petrobras, CEF e BB.

Próximo lance
Domingo 25 é a convenção do PT em Salvador. Disputam a vaga de candidato a prefeito Nelson Pelegrino e Walter Pinheiro. Qualquer que seja o resultado, os petistas prevêem que vão disputar o segundo turno contra ACM Neto, do DEM. O prefeito João Henrique ficaria de fora.

 

TOMA-LÁ-DÁ-CÁ COM JOÃO PAULO R. VELLOSO, ex-ministro, criador do Fórum Nacional do BNDES
ISTOÉ – Por que o amor na agenda da economia?
Velloso – Porque há muito desamor no mundo. Temos guerras, terrorismo no Iraque, o caso Isabella e o do avô que é pai dos netos na Áustria.

ISTOÉ – Os empresários estão abertos a esse debate?
Velloso – Como seres humanos, eles também devem preferir fazer o amor e não a guerra, como já pregava o famoso slogan de 1968.

ISTOÉ – Qual será a contribuição do Fórum?
Velloso – Nos inspiramos em John Donne: "Nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti." Tudo a ver com o Brasil.
 
A polêmica digital
Diante dos rumores sobre o atraso na implantação do sistema de TV digital, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, garante que vai tudo bem. "Os Estados Unidos levaram dez anos para fazer o que conseguimos em apenas seis meses", afirma. Cidades como Rio, Belo Horizonte e Brasília teriam prazo até 2009 para colocar o sinal no ar, mas já o fizeram. Para os consumidores, ainda retraídos, o ministro tem uma boa notícia: a indústria prepara-se para lançar conversores por menos de R$ 200.

Com o pé atrás
Vencedor da licitação da hidrelétrica de Jirau, não é a primeira vez que o grupo francês Suez Energy fica de olho no Brasil. Há cinco anos, sob a marca Lyonnaise des Eaux, conquistou a concessão do abastecimento de água de Manaus. Mas deparou-se com uma realidade que nada tinha a ver com o edital de concorrência. A rede de saneamento era muito maior e estava completamente abandonada. Sentindo-se ludibriados, os franceses desistiram da empreitada.

Fumaça e fogo
Enquanto Ronaldo Fenômeno se recuperava do escândalo que envolveu seu nome com travestis, fiscais do Ibama estiveram na casa do craque em Angra dos Reis para aplicar uma multa por crime ambiental. Ele foi notificado não pela criação de animais silvestres em cativeiro, mas, sim, porque o caseiro responsável pela manutenção do jardim havia queimado folhas. É crime ambiental queimar folhas no local. A reincidência pode implicar até prisão inafiançável.

Ulysses vive
O Congresso Nacional entrou numa disputa com o governo do DF pela posse de uma área atrás da Praça dos Três Poderes. Ali, em 1988, os parlamentares plantaram árvores que formariam o Bosque da Constituinte. Muitas não vingaram, mas a acácia plantada por Ulysses Guimarães cresce frondosa.

Apoio tímido
Construída no Rio a maior maquete de Jerusalém no mundo, o candidato à prefeitura Marcelo Crivella convidou o presidente Lula para cortar a faixa. O que não aconteceu. Como o PT tem candidato próprio, Lula ainda prefere não constranger seu partido, deixando mais para a frente o apoio a Crivella.

Coisas do Bruxo
Uma coincidência histórica na Academia Brasileira de Letras. Após mais de dois anos, foi aberta uma vaga com a morte de Zélia Gattai. É a cadeira nº 23, de Machado de Assis, patrono da Casa e cujo centenário de morte é lembrado neste ano.

 
Dentro do PT, corre a seguinte piada sobre os postulantes à sucessão de Lula em 2010: "São todos japoneses". Justifica- se pelos desempenhos eleitorais iguais aos olhos dos japoneses. Ou seja, "traço, traço".
A Dow Química decidiu reativar a planta que desabilitou em 2007 no Pólo de Camaçari. A decisão é conseqüência da redução nas alíquotas de ICMS e do tratamento tributário diferenciado a projetos na Bahia, principalmente às empresas do Pólo Petroquímico.
"Pior desgraça para o povo que vive de salário", segundo o presidente Lula, a inflação está de volta e com fôlego. Vai ultrapassar o centro da meta em dezembro, aproximando-se de 5%. Assim, o BC ganha munição para uma nova rodada de alta dos juros.
O deputado Campos Machado (PTB-SP) já avisou a Geraldo Alckmin que não será o vice em sua chapa.
 

RETRATO FALADO 
Acordo entre os líderes da base aliada definiu que será proposta a criação de um novo tributo com alíquota de 0,1% sobre movimentações financeiras para bancar o aumento dos gastos da Saúde. "Sempre soubemos que para assegurar a vinculação de recursos para a Saúde era necessário achar uma fonte de receita estável. É o que estamos fazendo", explicou o senador Tião Viana (PT-AC), autor da emenda.

"Sempre fui defensor da CPMF, mesmo durante o governo FHC"