07/08/2015 - 20:00
O tablóide carioca “Meia-Hora” é um caso tão bem sucedido quanto controverso de empreitada editorial. Criado em 2004 como filhote popular do jornal “O Dia” atingiu em poucos meses recordes de vendas com uma fórmula aparentemente simples: muitas fotos, preço baixo, pouco texto e manchetes no limite entre o humor e o mau gosto, chegando a casa do 1 milhão de exemplares vendidos aos domingos. O percurso do impresso é contado por seus criadores, diretores e até frequentadores de suas capas, como a cantora Valesca Popozuda, em “Meia hora e as Manchetes que viram Manchetes”, que acaba de estrear nos cinemas. Mais do que uma radiografia esclarecedora e engraçada de como funciona o jornalismo popular, gênero dos mais importantes no País, o filme passa por fatos da última década que mostram como a violência, o sexismo e a falta de perspectivas sustentam e mantêm jornais povoados por mulheres peladas, bandidos assassinados e times de futebol desclassificados.
+5 filmes sobre jornalismo
Page One: Inside The New York Times (2011)
Por um ano, Andrew Rossi filmou tudo que aconteceu na sede do diário mais influente do mundo
Todos os Homens do Presidente (1976)
Cruzada dos jornalistas do Washington Post, Carl Bernstein e Bob Woodward, interpretados por Dustin Hoffman e Robert Redford (foto), que culminou na queda de Richard Nixon
A PRIMEIRA PÁGINA (1974)
Refilmagem de Billy Wilder de peça sobre jornalista incumbido de cobrir uma condenação à forca
Shock Corridor (1963)
Para ganhar o Pulitzer, repórter se interna em manicômio
A Montanha dos Sete Abutres (1951)
Ficção conta passagem do repórter que manipula situações para criar furos de reportagem