AROEIRA/O DIA

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E ACM ficará sem nada

No início da guerra pelo comando do Congresso entre Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Jader Barbalho (PMDB-PA), coube ao coordenador político do governo, o ministro Aloysio Nunes Ferreira, divulgar qual seria a tática do Palácio do Planalto em relação à disputa. Em síntese, era o seguinte: Fernando Henrique Cardoso ficaria de fora, mas ofereceria ao derrotado uma compensação na reforma ministerial, programada para fevereiro. Essa versão virou voz corrente entre todos os analistas políticos. Mas a coisa mudou depois que ACM declarou a um grupo de correspondentes estrangeiros que o presidente da República tem conhecimento de que há corrupção em seu governo e nada faz. Irritado, Fernando Henrique disse a pelo menos dois ministros que, se ACM perder a disputa contra Jader, não terá qualquer compensação do governo. O cacique pefelista “voltará à planície e ponto final”. O presidente do PFL, Jorge Bornhausen, e o vice-presidente da República, Marco Maciel (PFL), concordaram.

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Te cuida, Simon!

A cúpula do PMDB deu sinal livre para o principal cacique da legenda no Rio, o ex-governador Moreira Franco, fechar acordo com o atual governador, Anthony Garotinho. Se o PSB não aceitar sua filiação, o PMDB aceita. Garotinho pode assinar a ficha do partido e concorrer ao cargo que quiser em 2002. Pedro Simon, que até agora corre sozinho como pré-candidato peemedebista a presidente da República, teria sido consultado. E respondeu: “Eu disputo contra ele no partido e venço.”

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General Motors em novo ramo

Uma das maiores empresas do mundo no setor automotivo, a General Motors, pediu autorização ao governo brasileiro para entrar no ramo imobiliário. Não vai construir prédios. Funcionará como uma espécie de banco voltado para o setor, comprando e vendendo títulos, os chamados “recebíveis”. O cidadão faz um financiamento habitacional e, para isso, assina um contrato admitindo a dívida. Com a nova legislação, que já está sendo aplicada pela Caixa Econômica Federal, a construtora pode repassar essa dívida como se fosse um título financeiro qualquer. É aí que a GM vai entrar: compra e revende os títulos. Negócio de milhões e milhões de dólares.

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A volta de Collor

A elite política de Alagoas está em pânico. No próximo dia 31, virada do ano, expira o prazo legal segundo o qual o ex-presidente cassado Fernando Collor de Mello não podia se candidatar a qualquer cargo eletivo. Caciques do PFL, do PMDB e do PSDB alagoanos acreditam que Collor vai transferir seu título eleitoral de São Paulo para Maceió e, em 2002, concorre a senador ou governador do Estado. Teotônio Vilela e Renan Calheiros seriam os maiores prejudicados.

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Arapongas com Moon

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) destacou alguns arapongas para o Mato Grosso do Sul. É que o general Alberto Cardoso está preocupado com as atividades do reverendo Moon naquele Estado. A turma da seita Moon não pára de comprar fazendas na região.

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Rápidas

Do presidente do PPS, Roberto Freire: “O Lula está inflando a candidatura de Tasso Jereissati a presidente porque acha mais fácil vencê-lo do que enfrentar o Ciro Gomes.”

O prefeito do Rio, Luiz Paulo Conde, entrega no dia 1º o cargo a seu sucessor, César Maia. E prepara nova campanha. Quer ser candidato ao Senado pelo PFL em 2002.

A família de Roberto Marinho mandou um recado à cúpula do PT. Se o ex-governador de Brasília Cristóvam Buarque for candidato a presidente, contará com a simpatia da Globo.

n FHC já sabe o que fazer no auge da briga entre ACM e Jader, na segunda quinzena de janeiro. Vai pegar um avião e partir para Timor Leste, no outro lado do mundo.