A sexta-feira 26 ficou marcada como um dia em que o terror tomou conta do planeta, com atentados sangrentos e praticamente simultâneos em três países. Na França, um homem foi encontrado decapitado em uma fábrica, e ao lado de seu corpo havia bandeiras com inscrições islâmicas. Na Tunísia, dezenas de turistas estrangeiros morreram num tiroteio que tomou conta de dois resorts de luxo. E, no Kuwait, um homem-bomba explodiu uma mesquita lotada – tudo indica que esses dois últimos atentados tenham relação com o Estado Islâmico (leia reportagem à página 68). Na terça-feira 23, um áudio atribuído ao porta-voz do grupo extremista, Abu Mohammed al-Adnani, dava as boas vindas ao mês sagrado do Ramadan (começou no dia 18 de junho) e convocava os jihadistas a transformá-lo em período de “calamidade para os infiéis”. A mensagem fazia referência a mais ataques no Iraque, Síria e Líbia. Poucos esperavam que a “calamidade” chegasse ao ponto que chegou.