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RISCO REAL
Os scanners atuais não garantem a segurança dos passageiros

No que depender da tecnologia, os terroristas que tentam usar aviões como armas para seus atentados terão futuro difícil. Uma empresa dos EUA está desenvolvendo um equipamento que pode se mostrar indispensável para a segurança nos aeroportos. Trata-se de um aparelho de raio X capaz de detectar armas ou explosivos no corpo. A preocupação com esse tipo de estratégia aumentou depois que o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, membro da Al Qaeda, tentou detonar uma substância explosiva na própria cueca, em dezembro. Ele não foi o primeiro. Em agosto, o príncipe Mohammed bin Nayef foi alvo de um atentado em seu país, a Arábia Saudita. Abdullah Hassan Al Aseeri, outro terrorista da Al Qaeda, explodiu a si mesmo com uma bomba escondida no ânus. A explosão não feriu o príncipe, mas foi suficiente para alertar as autoridades.

O terrorista saudita não passaria pelo novo dispositivo de raio X, chamado Dexi. O fabricante garante que seu produto detecta objetos dentro e fora do corpo humano. Ele poderia também flagrar traficantes, que há tempos transportam drogas de forma semelhante. Segundo a empresa, o aparelho emite 50 vezes menos radiação do que os scanners atuais. “Utilizamos a difração para produzir as imagens capazes de detectar explosivos e drogas”, diz o presidente da fabricante do novo equipamento, Ivan Nesch. Ele garante que está preparado para receber pedidos de encomenda a partir de março e poderá entregar os primeiros dispositivos no segundo semestre. Israel, Índia e Arábia Saudita são possíveis clientes.

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LOUCOS
Umar e Abdullah: novo perfil de terrorista

Os raios X podem causar danos à saúde, inclusive câncer. Por isso deve-se evitar a exposição a eles. Nesse caso, porém, a incidência de radiação deve ser quase inofensiva. “Esses aparelhos apresentam doses muito baixas”, diz Matias Sanches, membro da Comissão Nacional de Energia Nuclear. “A agência reguladora americana é muito rigorosa quanto a isso. Se ela aprovar o aparelho, é porque é confiável”, diz o médico radiologista Giovanni Cerri, diretor-geral do Instituto do Câncer de São Paulo. Cada unidade do Dexi pode custar até US$ 1 milhão. Felizmente, para cada terrorista com uma nova ideia mortal surge uma solução – quase sempre extremamente lucrativa.

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