Organizada por Leon Cakoff, a tradicional maratona de filmes passa em revista a produção de 45 países, da Islândia ao Quirsguistão, com cerca de 250 títulos para todos os gostos. É a época em que a cidade fica tomada por cinéfilos esbaforidos, correndo de um cinema a outro para chegar a tempo de conhecer os filmes badalados nos festivais internacionais. Caso de O quarto do filho, do italiano Nanni Moretti, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, ou Bicicletas de Pequim, do chinês Wang Xiaoshuai, grande prêmio do júri do festival de Berlim. Quem prefere não arriscar em nomes desconhecidos e sair xingando Deus e o mundo no meio da sessão pode escolher entre os trabalhos mais recentes de Jacques Rivette, Abbas Kiarostami, Manoel de Oliveira, Aleksander Sokurov e Emir Kusturika, homenageado com uma retrospectiva. E, se não quiser ficar fora das rodas moderninhas, deve correr e comprar logo o ingresso para o musical Hedwig: rock, amor e traição, de John Cameron Mitchell, forte candidato a cult deste ano, sobre um cantor berlinense-oriental que muda de sexo para conquistar um soldado americano. (I.C.)
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