03/10/2001 - 10:00
Todos conhecem aquela piada do médico que diz ter uma boa e uma má notícia para dar ao paciente. É mais ou menos esse o sentido dos resultados recentes de uma pesquisa com 10.199 executivos realizada pela clínica carioca Med-Rio nos últimos cinco anos. A má notícia é que 70% deles sofrem de stress, 80% são sedentários e 65% apresentam altas taxas de colesterol. A boa é que a maioria modificou hábitos após ter feito o check-up e passou a ter maior qualidade de vida.
Depois dos diagnósticos, cerca de 80% dos pacientes resolveram mudar completamente o estilo de vida. Dessa forma, puderam melhorar a saúde. A decisão ajuda principalmente quem faz a checagem ainda jovem. "Doenças decorrentes ou desencadeadas por exposição constante a alto nível de adrenalina estão acontecendo com pessoas cada vez mais novas", afirma o médico Gilberto Ururahy Neto, diretor da clínica. Por isso, os exames preventivos baixaram a idade. Antigamente, o check-up era aconselhável a partir de 40, 45 ou 50 anos. Hoje, ele já começa a ser feito após os 35 anos. A bateria de exames custa perto de R$ 1 mil. A maioria dos brasileiros está fora desse padrão. Mas Ururahy diz que a trilogia da boa saúde é de graça. Ele fala de alimentação equilibrada, atividade física e sono repousante. "Caminhar é um exercício muito bom. Arroz com feijão é melhor do que fast-food e dormir bem não significa muitas horas de sono, e, sim, que elas sejam de qualidade", explica.